Leia as mensagens com o coração e reflita . Que elas possam fazer o bem a pelo menos uma pessoa que por aqui passar.

Jesus o Grande Mestre.

Image and video hosting by TinyPic Jesus Cristo, Yeshua ben-Yoseph "A Cada Um Será Dado De Acordo Com Suas Obras "

Seguidores

Mostrando postagens com marcador Instituto André Luiz. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Instituto André Luiz. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Momentos de Luz


Eis seus momentos de luz...

Se você está feliz, ore sempre, rogando ao Senhor para que o equilíbrio esteja em seus passos.
Se você sofre, ore para que não lhe falte compreensão e paciência.
Se você está no caminho certo, ore para que não se desvie.
Se você está de espírito marginalizado, sob o risco de queda em despenhadeiros ou perigosos declives, ore para que o seu raciocínio retome a senda justa.
Se você está doente, ore a fim de que a saúde possível lhe seja restituída.
Se você tem o corpo robusto, ore para que as suas forças não se percam.
Se você está trabalhando, ore pedindo a Deus lhe conserve a existência no privilégio de servir.
Se você permanece ausente da atividade, ore, solicitando aos Mensageiros do Senhor lhe auxiliem a encontrar ou reencontrar a felicidade da ação para o bem
Se você já aprendeu a perdoar as ofensas, ore para que prossiga cultivando semelhante atitude.
Se você reprova ou condena alguém, ore rogando à Divina Providência lhe ajude a entender o que faríamos nós se estivéssemos no lugar de quem caiu ou de quem errou, de modo a aprendermos discernimento e tolerância.
Se você possui conhecimentos superiores, ore para que não lhe falte a disposição de trabalhar, a fim de transmití-los a outrem, sem qualquer idéia de superioridade, reconhecendo que a luz de sua inteligência vem de Deus que no-la concede para que venhamos a fazer o melhor de nosso tempo e de nossa vida, entregando-nos, porém, à responsabilidade de nossos próprios atos.
Se você ainda ignora as verdades da vida, ore para que o seu espírito consiga assimilar as lições que o Mais Alto lhe envia.

Ore sempre.

A oração é o momento de luz, nas obscuridades e provas do caminho de aperfeiçoamento em que ainda nos achamos, para o nosso encontro íntimo com o amparo de Deus.

André Luiz
Mensagem "Momentos de Luz"
(Do livro “Tempo de Luz”, André Luiz, Francisco Cândido Xavier, Espíritos Diversos)

Blog:http://institutoandreluiz.blogspot.com/

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Síntese Espírita

                                                 Espiritismo

"O Espiritismo tem por missão fundamental, entre os homens, a reforma interior de cada um, fornecendo explicações ao porquê dos destinos, razão pela qual muitos conceitos usuais são por ele restaurados ou corrigidos." (ANDRÉ LUIZ, O Espírito da Verdade, FEB, 8)

"Desde a primeira hora da Doutrina Espírita recomendam os Emissários da Esfera Superior uma reforma urgente, inadiável, intransferível: a reforma de cada um de nós, nas bases traçadas pelo Evangelho de Jesus." (ANDRÉ LUIZ, Opinião Espírita, 39, CEC)

"O raciocínio descobre a vizinhança entre a fé e o entendimento e a distância entre a fé o fanatismo." (ANDRÉ LUIZ, Opinião Espírita, 19, CEC)

"O espírita está informado de que o acaso não existe." (ANDRÉ LUIZ,Conduta Espírita, FEB, 18)

"A Doutrina Espírita está alicerçada na lógica e para ser espírita é impossível fugir dela." (ANDRÉ LUIZ, Opinião Espírita, 9)

"O Espiritismo é a doutrina da fé raciocinada." (ANDRÉ LUIZ, Sol Nas Almas, 26)

"A Doutrina Espírita nos recomenda a fé raciocinada para que, desde a existência terrestre, possamos compreender que é lícito admirar o pensamento alheio e até seguí-lo, quando a isso nos decidamos, mas é preciso pensar por nós, a fim de que não venhamos a cair irrefletidamente no resvaladouro do erro ou no visco da obsessão." (ANDRÉ LUIZ, Sol nas Almas, 17)

"A Doutrina Espírita é o instituto universal de ensino e proteção, instalado por Allan Kardec, sob orientação do Mestre dos Mestres - Jesus Cristo." (ANDRÉ LUIZ, Sol Nas Almas, 46)

"O Espiritismo abrange com a sua influência regenerativa e edificante não apenas a individualidade, mas também todos os círculos de atividade em que a pessoa respire." (ANDRÉ LUIZ, Opinião Espírita, 5)

"Doutrina que restaura o Cristianismo em sua pureza, é a religião natural da consciência na Terra e no Universo." (ANDRÉ LUIZ, Sol Nas Almas, 55, CEC)

"O Espiritismo não é simples religião igual às demais: é um método de viver." (ANDRÉ LUIZ, Sol Nas Almas, 58, CEC)

"O Espiritismo é religião de livre exame, sem poderes humanos que lhe domestiquem as manifestações." (ANDRÉ LUIZ, Sol Nas Almas, 4, CEC)

"O Espiritismo não pactua com interesses puramente terrenos." (ANDRÉ LUIZ, Conduta Espírita, 10, FEB)

"A rigor, não há representantes oficiais do Espiritismo em setor algum da política humana." (ANDRÉ LUIZ, Conduta Espírita, 10, FEB)

"O Espiritismo não tem chefes humanos e nenhum dos seareiros do seu campo de multiformes atividades é imprescindível no cenário de suas realizações." (ANDRÉ LUIZ, Conduta Espírita, 46, FEB)

"A Doutrina Espírita entra no cenário do mundo, precisamente quando a investigação científica arreda para longe todos os resíduos das superstições humanas, a fim de mostrar que religião é sinônimo de vida eterna." (ANDRÉ LUIZ, Sol nas Almas, 22, CEC)

"Doutrina do discernimento, o Espiritismo nos acorda para a valorização das forças da vida, ensinando-nos a preservá-la e a empregá-la com o proveito devido." (ANDRÉ LUIZ, Sol nas Almas, CEC, 3)

"Doutrina Espírita é mensagem de Cristo, anunciando-nos que a felicidade de crer não está unicamente conjugada à responsabilidade de agir, mas também ao júbilo de criar, sentir, continuar e viver." (ANDRÉ LUIZ, Sol Nas Almas,22, CEC)

"Espiritismo é sublime manancial de energia espiritual." (ANDRÉ LUIZ, Opinião Espírita, 51, CEC)

"Pode-se caminhar de muitas maneiras, com inúmeros padrões existenciais, porem, para seguir segundo o Espiritismo só existe uma única medida em todas as situações da romagem humana - o metro da caridade sob a luz da consciência." (ANDRÉ LUIZ, Sol Nas Almas, 58, CEC)

"Espiritismo é caridade em movimento." (ANDRÉ LUIZ, O Espírito da Verdade, 2, FEB)

"A Doutrina Espírita, revivescendo o ensino de Jesus, não desconhece que a necessidade humana espera corações, cérebros e braços empenhados em resolver-lhes os trágicos desafios." (ANDRÉ LUIZ, Sol nas Almas, 40, CEC)

"O espírita vive como vivem os outros, mas em todas as manifestações da existência é chamado a servir aos outros, através da atitude." 9ANDRÉ LUIZ, Opinião Espírita, 3, CEC)

"O amor é o coração do Evangelho e o espírito do Espiritismo chama-se caridade." (ANDRÉ LUIZ, Opinião Espírita, 19, CEC)

"O Espiritismo ensinar-te-á como viver proveitosamente, em plenitude de alegria e de paz, ante o determinismo da evolução." (ANDRÉ LUIZ, Opinião Espírita, 35, CEC)

"Justa, dessa forma, a iniciativa de trazer a Doutrina Espírita à concorrência honesta das normas que as religiões e as filosofias apresentam às criaturas, no sentido de lhes facilitar a existência." (ANDRÉ LUIZ, Opinião Espírita, Prefácio)


                                           Divulgação Espírita

"Quanto mais se agiganta a evolução na Terra, mais amplos se fazem os órgãos informativos." (ANDRÉ LUIZ, Opinião Espírita, prefácio)

"Os espíritas, em todos os quadrantes da atividade terrestre, podem e devem esculpir, sobretudo, nas próprias ações, o conceito espírita que lhes dirige as convicções." (ANDRÉ LUIZ, Idem)

"Conduta espírita é divulgar, por todos os meios lícitos, os livros que esclareçam os postulados espíritas, prestigiando as obras santificantes que objetivam o ingresso da Humanidade no roteiro da redenção com Jesus." (ANDRÉ LUIZ, CE, 41)

"Em todas as circunstâncias, é preciso lembrar-se que o Espiritismo expressa, antes de tudo, obra de educação, integrando a alma humana nos padrões do Divino Mestre." (ANDRÉ LUIZ, CE, 42)

"A biblioteca espírita é viveiro de luz." (ANDRÉ LUIZ, Idem)

"Sem Allan Kardec não teríamos a autoridade terrestre, reunindo fatos e deduções na formação da Doutrina e, depois do Codificador, tivemos no mundo toda uma plêiade de missionários corporificados na forma física, organizando empreendimentos e realizações." (ANDRÉ LUIZ, Sol nas Almas, 57, CEC)

"Honremos os livros dos espíritos, nas letras mediúnicas que desdobram os primores da Codificação, à luz do Evangelho, mas reverenciemos também os livros dos espíritas valorosos e sinceros que são na Terra, abnegados apóstolos do Senhor." (ANDRÉ LUIZ, Sol nas Almas, 57, CEC)

"A Humanidade tem tanta necessidade do conhecimento espírita, como precisa de pão ou de antibiótico, que devem ser fabricados e armazenados antes que a infecção contamine o corpo ou que a fome apareça." (ANDRÉ LUIZ, Sol nas Almas, 56, CEC)

"Allan Kardec começou o trabalho doutrinário publicando as obras da Codificação e instituindo uma sociedade promotora de reuniões e palestras públicas, uma revista e uma livraria para a difusão inicial da Revelação Nova, o Espiritismo." (ANDRÉ LUIZ, Opinião Espírita, 37, CEC)

"O Espiritismo não dispensa as obras que lhe exponham a grandeza." (ANDRÉ LUIZ, Idem)

"O Espiritismo possui a sua maior força nas realizações e no exemplo de seus seguidores, em cujo rendimento para o bem comum se lhe define a excelência." (ANDRÉ LUIZ, Idem)

"Muitos observadores perguntam por que motivo o ardor dos Espíritas na preservação e na divulgação dos ensinamentos que abraçaram..." (ANDRÉ LUIZ, Sol Nas Almas, 56, CEC)

"Por que tamanho interesse por uma doutrina que insiste em prestigiar as manifestações e as palavras dos mortos, se os homens estão chumbados ao solo do mundo, com as necessidades e problemas do mundo?" (Idem)

"O conhecimento espírita, na essência, é tão importante no reino da alma, quanto a alfabetização nos domínios da vida comum." (ANDRÉ LUIZ, Idem)

"Se o menino de hoje será o homem de amanhã, o espírito encarnado agora será o espírito desencarnado no futuro." (ANDRÉ LUIZ, Sol nas Almas, 56)

"A imprensa espírita cristã representa um veículo de disseminação da verdade e do bem." (ANDRÉ LUIZ, Conduta Espírita, 14, FEB)

"Apoiemo-la na expansão necessária, iniciando-lhe a propaganda no exemplo individual e estendendo-a através do livro, do impresso avulso, da palavra, da preferência, da atitude." (ANDRÉ LUIZ, Sol nas Almas, 56, CEC)

"À medida que se nos intensifica a madureza de espírito, categorizamo-nos à conta de semeadores nas almas." (ANDRÉ LUIZ, Sol nas Almas, 23)

"A maior mensagem descida dos Céus à Terra, para dignificar a vida e iluminar o coração, surgiu das palavras inesquecíveis de Jesus que procurava o povo e do povo que procurava Jesus." (ANDRÉ LUIZ, Opinião Espírita, 10)

"No Espiritismo temos responsabilidade pessoal com o Cristo." (ANDRÉ LUIZ, O Espírito da Verdade, 26)


                                                  Evolução

"O fluido cósmico é o plasma divino, hausto do Criador ou força nervosa do Todo-Sábio. Nesse elemento primordial, vibram e vivem constelações e sóis, mundo e seres, como peixes no oceano." (ANDRÉ LUIZ, Evolução em Dois Mundos, I, FEB)

"Nessa substância original, ao influxo do próprio Senhor Supremo, operam as Inteligências Divinas a Ele agregadas, em processo de comunhão indescritível..." (ANDRÉ LUIZ, Idem)

"Essas Inteligências Gloriosas tomam o plasma divino e convertem-no em habitações cósmicas, de múltiplas expressões, radiantes ou obscuras, gaseificadas ou sólidas, obedecendo a leis predeterminadas, quais moradias que perduram por milênios e milênios, mas que se desgastam e se transformam, por fim, de vez que o Espírito Criado pode formar ou co-criar, mas só Deus é o Criador de Toda a Eternidade." (ANDRÉ LUIZ, Idem)

"Em análogo alicerce, as Inteligências humanas que ombreiam conosco utilizam o mesmo fluido cósmico, em permanente circulação no Universo, para a Co-Criação em plano menor, assimilando os corpúsculos da matéria com a energia espiritual que lhes é própria, formando assim o veículo fisiopsicossomático em que se exprimem ou cunhando as civilizações que abrangem no mundo a Humanidade Encarnada e a Humanidade Desencarnada." (ANDRÉ LUIZ, Idem)

"É aí, no seio dessas formações assombrosas, que se estruturam, inter relacionados, a matéria, o espaço e o tempo, a se renovarem constantes, oferecendo campos gigantescos ao progresso do Espírito."(Idem)

"Para idearmos, de algum modo, a grandeza inconcebível da Criação, comparemos a nossa galáxia a grande cidade, perdida entre incontáveis grandes cidades de um país cuja extensão não conseguimos prever." (ANDRÉ LUIZ, Idem)

"Assestando instrumentos de longo alcance da nossa sala de estudo, perceberemos que nossa casa não é amais humilde, mas que inúmeras outras lhe superam as expressões de magnitude e beleza." (ANDRÉ LUIZ, Idem)

"Compete-nos, pois, anotar que o fluido cósmico ou plasma divino é a força em que todos vivemos, nos ângulos variados da Natureza, motivo pelo qual afirmou Paulo de Tarso, em Atos 17:28, que "em Deus nos movemos e existimos." (ANDRÉ LUIZ, Evolução em Dois Mundos, I, FEB)

"Para definirmos, de alguma sorte, o corpo espiritual, é preciso considerar, antes de tudo, que ele não é reflexo do corpo físico, porque, na realidade, é o corpo físico que o reflete, tanto quanto ele próprio, o corpo espiritual, retrata em si o corpo mental que lhe preside a formação. (ANDRÉ LUIZ, Evolução em Dois Mundos, II)

"Do ponto de vista da constituição e função em que se caracteriza na esfera imediata ao trabalho do homem, após a morte, é o corpo espiritual o veículo físico por excelência, algo modificado no que tange aos fenômenos genésicos e nutritivos, de acordo, porém, com as aquisições da mente que o maneja." (ANDRÉ LUIZ, Evolução em Dois Mundos, II, FEB)

"Procurando fixar idéias seguras acerca do corpo espiritual, será preciso remontarmos, de algum modo, aos primórdios da vida na Terra, quando mal cessavam as convulsões telúricas, pelos quais os Ministros Angélicos da Sabedoria Divina, com a supervisão do Cristo de Deus, lançaram os fundamentos da vida no corpo ciclópico do Planeta." (ANDRÉ LUIZ, Evolução em Dois Mundos, III, FEB)

"Formas monstruosas aparecem e desaparecem, desde os anelídeos aos animais de grande porte, por séculos e séculos, até que as espécies conseguissem acomodação nos próprios tipos." (ANDRÉ LUIZ, Evolução em Dois Mundos, VI, FEB)

"No regaço do tempo, os Arquitetos Divinos auxiliam a consciência fragmentária na construção do cérebro, o maravilhoso ninho da mente, necessitada de mais ampla exteriorização." (ANDRÉ LUIZ, Evolução em Dois Mundos, IX, FEB)

"Aperfeiçoando as engrenagens do cérebro, o princípio inteligente sentiu a necessidade de comunicação com os semelhantes e, para isso, a linguagem surgiu entre os animais, sob o patrocínio dos Gênios Veneráveis que nos presidem a existência." (ANDRÉ LUIZ, Evolução em Dois Mundos, X, FEB)

"A esse modo natural de exprimir-se por gestos e atitudes silenciosas, em que derrama as suas forças acumuladas de afetividade e satisfação, desagrado ou rancor, em descargas fluídico-eletromagnéticas de natureza construtiva ou destrutiva, superpõe a criatura humana os valores do verbo articulado, com que acrisola as manifestações mais íntimas, habilitando-se a recolher, por intermédio de sinalética especial na escala dos sons, a experiência dos irmãos que caminham na vanguarda e aprendendo a educar-se para merecer esse tipo de assistência que lhe outorgará o estado de alegria maior, ante as perspectivas da cultura com que a vida lhe responde às indagações." (ANDRÉ LUIZ, Evolução em Dois Mundos, X, FEB)

"Entre a alma que pergunta, a existência que se expande, a ansiedade que se agrava e o espírito que responde ao Espírito, no campo da intuição pura, esboça-se imensa luta." (ANDRÉ LUIZ, Evolução em Dois Mundos, X, FEB)

"Nesse concerto de forças, a morte passou a impor-lhe angustiosas perquirições e, enterrando os seus entes amados em sepulcros de pedra, o homem rude, a iniciar-se na evolução de natureza moral, perdido na desértica vastidão do paleolítico, aprendeu a chorar, amando e perguntando para ajustar-se às Leis Divinas a se lhe esculpirem na face imortal e invisível da própria consciência." (ANDRÉ LUIZ, Evolução em Dois Mundos, X)

"Importa reconhecer que à medida que se nos dilata o afastamento da animalidade quase absoluta, para a integração com a Humanidade, o amor assume dimensões mais elevadas, tanto para os que se verticalizam na virtude como para os que se horizontalizam na inteligência."(ANDRÉ LUIZ, Evolução em Dois Mundos, XVIII)

"O instinto sexual, traduzindo amor em expansão no tempo, vem das profundezas, para nós ainda inabordáveis, da vida, quando agrupamentos de mônadas celestes se reuniram magneticamente umas às outras para a obra multimilenária da evolução." (ANDRÉ LUIZ, Evolução em Dois Mundos, XVIII)

"A energia natural do sexo, inerente à própria vida em si, gera cargas magnéticas em todos os seres, pela função criadora de que se reveste, cargas que se caracterizam com potenciais nítidos de atração no sistema psíquico de cada um e que, em se acumulando, invadem todos os campos sensíveis da alma, como que a lhe obliterar os mecanismos outros de ação, qual se estivéssemos diante de usina reclamando controle adequado." (ANDRÉ LUIZ, Evolução em Dois Mundos, II)

"Há, por isso, consórcios de infinita gradação no Plano Terrestre e no Plano Espiritual, nos quais os elementos sutis de comunhão prevalecem acima das linhas morfológicas do vaso físico, por se ajustarem ao sistema psíquico, antes que às engrenagens da carne, em circuitos substanciais de energia." (ANDRÉ LUIZ, Evolução em Dois Mundos, II)

"Compreendamos, pois, que o sexo reside na mente, a expressar-se no corpo espiritual, e conseqüentemente no corpo físico, por santuário criativo de nosso amor perante a vida, e, em razão disso, ninguém escarnecerá dele, desarmonizando-lhe as forças, sem escarnecer e desarmonizar a si mesmo." (ANDRÉ LUIZ, Evolução em Dois Mundos, II)

"À medida que a responsabilidade se lhe apossou do espírito, iluminou-se a consciência do homem." (ANDRÉ LUIZ, Evolução em Dois Mundos, XX, FEB)

"Faminto de elucidações adequadas quanto ao próprio caminho, ergue as antenas mentais para as estrelas, recolhendo os valores do espírito que lhe consubstanciam o patrimônio de revelações do Céu, através dos tempos." (ANDRÉ LUIZ, Evolução em Dois mundos, XX, FEB)

"Estabelecido, porém, o princípio de justiça e aflorando a mentação incessante, o homem começou a examinar em si mesmo o efeito das próprias ações, de modo a crescer, conscientemente, para a sua destinação de filho de Deus, herdeiro e colaborador da Sua Obra Divina." (ANDRÉ LUIZ, Evolução em Dois Mundos, XX)

"A inteligência humana entendeu a grandeza do Universo e compreendeu a própria humildade, reconhecendo em suas entranhas a idéia inalienável de Deus." (ANDRÉ LUIZ, Evolução, XX)

                                                 Mediunidade

"Quanto mais investiga a Natureza, mais se convence o homem de que vive num reino de ondas transfiguradas em luz, eletricidade, calor ou matéria, segundo o padrão vibratório em que se exprimam." (Mecanismos da Mediunidade, apresentação, FEB)

"Hoje a inteligência do século XX compreende que a Terra é um magneto de gigantescas proporções, constituído de forças atômicas condicionadas e cercado por essas mesmas forças em combinações multiformes, compondo o campo eletromagnético típico." (Mecanismos da Mediunidade, 1)

"Nesse reino de energias, em que a matéria concentrada estrutura o Globo de nossa moradia e em que a matéria em expansão lhe forma o clima peculiar, a vida desenvolve agitação. E toda agitação produz ondas."(Mecanismos da Mediunidade, 1)

"Simplificando conceitos em torno da escala das ondas, recordemos que, oscilando de maneira integral, sacudidos simplesmente nos elétrons de suas órbitas ou excitados apenas em seus núcleos, os átomos lançam de si ondas que produzem calor e som, luz e raios gama, através de inumeráveis combinações."(Idem)

"E o homem, colocado nas faixas desse imenso domínio, em que a matéria quanto mais estudada mais se revela qual feixe de forças em temporária associação, somente assinada as ondas que se lhe afinam com o modo de ser."(Mecanismos da Mediunidade, 1)

"Reconhecemos que toda criatura dispõe de oscilações mentais próprias, pelas quais entra em combinação espontânea com a onda de outras criaturas desencarnadas ou encarnadas que se lhe afinem com as inclinações de desejos, atitudes e obras, no quimismo inelutável do pensamento." (Mecanismos da Mediunidade, cap. XI, FEB)

"Temo-lo, dessa maneira, por viajante do Cosmo, respirando num vastíssimo império de ondas que se comportam como massa e vice-versa, condicionado, nas suas percepções, à escala do progresso que já alcançou."(Mecanismos da Mediunidade, I)

"Articulando, ao redor de si mesma, as radiações das sinergias funcionais das agregações celulares do campo físico ou do psicossomático, a alma encarnada ou desencarnada está envolvida na própria aura ou túnica de forças eletromagnéticas, em cuja tessitura circulam as irradiações que lhe são peculiares." (Mecanismos da Mediunidade, X, FEB)

"Nos fundamentos da Criação vibra o pensamento imensurável do Criador e sobre este plasma divino vibra o pensamento mensurável da criatura, a constituir-se no vasto oceano de força mental em que os poderes do Espírito se manifestam." (Mecanismos da Mediunidade, IV, FEB)

"Emitindo uma idéia, passamos a refletir as que se assemelham, idéia essa que para logo se corporifica, com intensidade correspondente à nossa insistência em sustentá-la, mantendo-nos, assim, espontaneamente em comunicação com todos os que nos esposem o modo de sentir." (Mecanismos da Mediunidade, IV)

"Forçoso reconhecer, todavia, que a mediunidade, na essência, quanto a energia elétrica em si mesma, nada tem a ver com os princípios morais que regem os problemas do destino e do ser. Dela podem dispor, pela espontaneidade com que se evidencia, sábios e ignorantes, justos e injustos, expressando-se-lhe, desse modo, a necessidade de condução reta, quanto a força elétrica exige disciplina a fim de auxiliar." (Evolução Em Dois Mundos, XVII)

"Ainda mesmo em regime de prisão absoluta, do ponto de vista físico, o homem, no pensamento, é livre para eleger o bem ou o mal para as rotas do Espírito." (M.M., XII)

"O comprazimento nessa ou naquela espécie de atitude ou companhia, leitura ou conversação menos edificantes, estabelece em nós o reflexo condicionado pelo qual inconscientemente nos voltamos para as correntes invisíveis que representam." (Mecanismos da Mediunidade, XVI)

"Tomemos o homem moderno buscando o jornal da manhã, e procurando o setor do noticiário com que mais sintonize..." (Mecanismos da Mediunidade, XVI)

"Imaginemos que certa personalidade se disponha a disciplinar as energias medianímicas, segundo os moldes morais da Doutrina Espírita, cujos postulados se destinam a solucionar, tão simplesmente quanto possível, todos os problemas do destino e do ser." (Mecanismos da Mediunidade, XVIII)

"Admitida ao círculo da atividade espiritual, recolherá na oração o reflexo condicionado específico para exteriorizar as oscilações mentais próprias, no rumo da entidade desencarnada que mais de perto lhe comungue as ideações."(M. M., XVIII)

"Decerto que, nos serviços de intercâmbio, experimentará largo período de vacilações e dúvidas, porquanto, morando no centro das próprias emanações e recolhendo a influenciação do plano espiritual - com que, muitas vezes, já se encontra inconscientemente automatizada, a princípio supõe que as ondas mentais alheias incorporadas ao campo de seu Espírito não sejam mais que pensamentos arrojados do próprio cérebro."(Idem)

"Não podemos esquecer a obrigação de cultuar a mediunidade e acrisolá-la, aparelhando-nos com os recursos precisos ao conhecimento de nós mesmos." (Mecanismos da Mediunidade, Pref.)

"Em todas as atividades mediúnicas, porém, nas quais a mente demande a construção do bem, sejam elas de grande porte ou se singela apresentação, a importância do trabalho a realizar e a luz da Vida Superior são sempre as mesmas, possibilitando ao Espírito a faculdade de falar ao Espírito na obra incessante de aperfeiçoamento e sublimação." (Mecanismos da Mediunidade, VI, FEB)


                                                    Filosofia Espírita

"Seja útil em qualquer lugar, mas não guarde a pretensão de agradar a todos; não intente o que o próprio Cristo ainda não conseguiu." (A. C., 4)

"Aprenda a ceder em favor de muitos, para que alguns intercedam em seu benefício nas situações desagradáveis." (Idem, 4)

"Proceda com inteligência em todas as situações. Não se esqueça, porém, de que muitos homens inteligentes são meros velhacos. "(Idem, 11)

"Dê suas lições sensatamente, na escola da vida, enquanto o livro das provas repousa em suas mãos. Aprender é uma bênção e há milhares de irmãos, não longe de você, aguardando uma bolsa de estudos na reencarnação."(AC. 14)

"Use calma. A vida pode ser um bom estado de luta, mas o estado de guerra nunca será um vida boa." (Idem, 10)

"Busque agir para o bem, enquanto você dispõe de tempo. É perigoso guardar uma cabeça cheia de sonhos, com as mãos desocupadas." (14)

"Guarde o equilíbrio. Paixões e desejos desenfreados são forças de arrasamento na Criação Divina." (Idem, 30)

"Procure um delinqüente e encontrará muitos malfeitores. É necessário, então, que você possua imenso cabedal de amor para renová-los, sem fazer-se criminoso também. (Idem, 19)

"Utilize o corpo físico para recolher as bênçãos da vida Mais Alta, enquanto suas peças se ajustam harmoniosamente. O vaso que reteve essências sublimes ainda espalha perfume, depois de abandonado."(Idem, 14)

"Não é o companheiro dócil que exige a sua compreensão fraternal mais imediata. É aquele que ainda luta por domar a ferocidade da ira, dentro do próprio coração." (Idem, 46)

"Não basta que sua boca esteja perfumada. É imprescindível que permaneça incapaz de ferir." (Idem, 22)

"Não seja intolerante em situação alguma. O relógio bate, incessante, e você será surpreendido por inúmeros problemas difíceis em seu caminho e no caminho daqueles que você ama." (Idem, 24)

"Não viva pedindo orientação espiritual, indefinidamente. Se você já possui duas semanas de conhecimento cristão, sabe, à saciedade, o que fazer". (Idem, 17)

"Não lhe fira a calúnia. Viva de modo que ninguém possa acreditar no caluniador." (Idem 25)

"Se você considerar excessivamente as críticas do inferior, suporte sem mágoa as injunções do plano a que se precipitou." (Agenda Cristã, 4)

"Ampare fraternalmente o invejoso; o despeito é indisfarçável homenagem ao mérito e, pagando semelhante tributo, o homem comum atormenta-se e sofre." (Agenda Cristã, 4)

"Evite a impaciência. Você já viveu séculos incontáveis e está diante de milênios sem fim." (Idem, 30)

"Nas lutas habituais, não exija a educação do companheiro. Demonstre a sua." (Idem, 31)

"Seus dias são marcas no caminho evolutivo. Não se esqueça de que compactas assembéias de companheiros encarnados e desencarnados conhecem-lhe a personalidade e seguem-lhe a tragetória pelos sinais que você está fazendo." (Idem, 32)

"Amar não é desejar. É compreender sempre, dar de si mesmo, renunciando aos próprios caprichos e sacrificar-se para que a luz divina do verdadeiro resplandeça." (Idem 28)

"No desempenho dos deveres cristãos, não aguarde recursos externos para cumpri-los. O melhor patrimônio que você pode dar às boas obras é o seu próprio coração." (Idem, 36)

"Não converta seus ouvidos num paiol de boatos. A intriga é uma víbora que se aninhará em sua alma." (Idem 41)

"O maledicente desejará que você observe, tanto quanto ele, o lado desagradável da vida alheia." (Idem, 48)

"Não se aflija pela aquisição de vantagens imediatas na experiência terrestre. Os museus permanecem abarrotados de mantos de reis e de outros "cadáveres de vantagens mortas".
(Agenda Cristã, 37)

"Sua capacidade de orientar disciplinará muita gente, melhorando personalidades; contudo, se você não se disciplinar, a Lei o defrontará com o mesmo rigor com que ela se utiliza de você para aprimorar os outros." (Idem, 40)

"Lembre-se de que você mesmo é o melhor secretário de sua tarefa, e o maior inimigo de suas realizações mais nobres." (Agenda Cristã, 42)

"O homem imperfeitamente espiritualizado sempre busca igualar os semelhantes a si mesmo. Lembre-se, contudo, de que você é você, com tarefa original e responsabilidades diferentes e, se pretende a felicidade real, não deve esquecer a consulta aos padrões do bem, com o Cristo, em todas as horas de sua vida." (Idem, 48)

"É muito provável que, por enquanto, seja plenamente dispensável a sua cooperação no paraíso. É indiscutível, porém, a realidade de que, no momento, o seu lugar de servir e aprender, ajudar e amar, é na Terra mesmo."(Idem, 46)

"A proteção da Esfera Superior é inegável para todos nós que ainda nos movimentamos na sombra. Ai de nós, todavia, se não procurarmos as bênçãos da luz!... (Idem, 43)

"A mente centralizada na oração pode ser comparada a uma flor estelar, aberta ante o Infinito, absorvendo-lhe o orvalho nutriente de vida e luz." ANDRÉ LUIZ (Mecanismos da Mediunidade, XXV)

                        http://institutoandreluiz.org/

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Estes e os demais temas abaixo formam a nossa página sobre o Espiritismo, elaborada a partir das perguntas que nos são mais frequentemente endereçadas. Para um estudo completo, indicamos consulta aos livros da Codificação Espírita

01. ESPIRITISMO

-------------------------------------------------------------------

02. ESPIRITISMO OU ESPIRITUALISMO?

-------------------------------------------------------------------

03. O QUE É ESPIRITISMO?

-------------------------------------------------------------------

04. QUEM FOI ALLAN KARDEC?

------------------------------------------------------------------

05. ESPIRITISMO NO MUNDO

------------------------------------------------------------------

06. ESPIRITISMO NO BRASIL

------------------------------------------------------------------

07. O ESPIRITISMO E AS RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS

------------------------------------------------------------------

08. BEZERRA DE MENEZES

------------------------------------------------------------------

09. EMMANUEL

------------------------------------------------------------------

10. ANDRÉ LUIZ

------------------------------------------------------------------

11. FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

-----------------------------------------------------------------

12. DIVALDO PEREIRA FRANCO

-----------------------------------------------------------------

13. MOVIMENTO ESPÍRITA

-----------------------------------------------------------------

14. UNIFICAÇÃO ESPÍRITA

-----------------------------------------------------------------

15. O ESPIRITISMO E O FUTURO

-----------------------------------------------------------------

"Fé inabalável só é a que pode encarar a razão, face a face, em todas as épocas da Humanidade." - ALLAN KARDEC
01. ESPIRITISMO: O Espiritismo é a ciência nova que vem revelar aos homens, por meio de provas irrecusáveis, a existência e a natureza do mundo espiritual e as suas relações com o mundo corpóreo. Ele no-lo mostra, não mais como coisa sobrenatural, porém, ao contrário, como uma das forças vivas e sem cessar atuantes da Natureza, como a fonte de uma imensidade de fenômenos até hoje incompreendidos e, por isso, relegados para o domínio do fantástico e do maravilhoso. É a essas relações que o Cristo alude em muitas circunstâncias e daí vem que muito do que ele disse permaneceu ininteligível ou falsamente interpretado. O Espiritismo é a chave com o auxílio da qual tudo se explica de modo fácil.
A lei do Antigo Testamento teve em Moisés a sua personificação; a do Novo Testamento tem-na no Cristo. O Espiritismo é a terceira revelação da lei de Deus, mas não tem a personificá-la nenhuma individualidade, porque é fruto do ensino dado, não por um homem, sim pelos Espíritos, que são as vozes do Céu, em todos os pontos da Terra, com o concurso de uma multidão inumerável de intermediários.
É, de certa maneira, um ser coletivo, formado pelo conjunto dos seres do mundo espiritual, cada um dos quais traz o tributo de suas luzes aos homens, para lhes tornar conhecido esse mundo e a sorte que os espera.
Assim como o Cristo disse: “Não vim destruir a lei, porém cumpri-la”, também o Espiritismo diz: “Não venho destruir a lei cristã, mas dar-lhe execução.” Nada ensina em contrário ao que ensinou o Cristo; mas, desenvolve, completa e explica, em termos claros e para toda gente, o que foi dito apenas sob forma alegórica. Vem cumprir, nos tempos preditos, o que o Cristo anunciou e preparar a realização das coisas futuras. Ele é, pois, obra do Cristo, que preside, conforme igualmente o anunciou, à regeneração que se opera e prepara o reino de Deus na Terra. (Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. I, nº 5 O Espiritismo)

"O Espiritismo esclarecido, como o é hoje, procura destruir as idéias supersticiosas, mostrando o que há de real ou de falso nas crenças populares, denunciando o que nelas existe de absurdo, fruto da ignorância e dos preconceitos.
O sobrenatural desaparece à luz do facho da Ciência, da Filosofia e da Razão, como os deuses do paganismo ante o brilho do Cristianismo. Sobrenatural é tudo o que está fora das leis da Natureza, O positivismo nada admite que escape à ação dessas leis; mas, porventura, ele as conhece a todas?
Em todos os tempos foram reputados sobrenaturais os fenômenos cuja causa não era conhecida; pois bem: o Espiritismo vem revelar uma nova lei, segundo a qual a conversação com o Espírito de um morto é um fato tão natural, como o que se dá por intermédio da eletricidade, entre dois indivíduos separados por uma distância de cem léguas; o mesmo acontece com os outros fenômenos espíritas.
O Espiritismo repudia, nos limites do que lhe pertence, todo efeito maravilhoso, isto é, fora das leis da Natureza; ele não faz milagres nem prodígios, antes explica, em virtude de uma dessas leis, certos efeitos, demonstrando, assim, a sua possibilidade. Ele amplia, igualmente, o domínio da Ciência, e é nisto que ele próprio se torna uma ciência; como, porém, a descoberta dessa nova lei traz conseqüências morais, o código das conseqüências faz dele, ao mesmo tempo, uma doutrina filosófica.
Deste último ponto de vista, ele corresponde às aspirações do homem, no que se refere ao seu futuro; e como a sua teoria do futuro repousa sobre bases positivas e racionais, ela agrada ao espírito positivo do nosso século." - ALLAN KARDEC (O que é o Espiritismo)

DOUTRINA ESPÍRITA, O QUE É? É o mesmo que Espiritismo.
"Espiritismo", "Doutrina Espírita" e "Doutrina dos Espíritos" significam a mesma coisa. Veja acima explicação sobre o que é Espiritismo.

----------------------------------------------------------------------------

02. ESPIRITISMO OU ESPIRITUALISMO:

Esta questão, que muitas vezes confunde inclusive aos espíritas, é respondida aqui pelo próprio Allan Kardec e inserido no Opúsculo " O que é o Espiritismo":
A. K. — De há muito tem já a palavra espiritualista uma acepção bem determinada; é a Academia que no-la dá: Espiritualista, aquele ou aquela pessoa cuja doutrina é oposta ao materialismo.
Todas as religiões são necessariamente fundadas sobre o espiritualismo. Aquele que crê que em nós existe outra coisa, além da matéria, é espiritualista, o que não implica a crença nos Espíritos e nas suas manifestações. Como o podereis distinguir daquele que tem esta crença? Ver-vos-eis obrigado a servir-vos de uma perífrase e dizer: É um espiritualista que crê ou não crê nos Espíritos.
Para as novas coisas são necessários termos novos, quando se quer evitar equívocos. Se eu tivesse dado à minha Revista (Rèvue Spirite - nota nossa), a qualificação de espiritualista, não lhe teria especificado o objeto, porque, sem desmentir-lhe o título, bem poderia nada dizer nela sobre os Espíritos, e até combatê-los.
Já há algum tempo, li num jornal, a propósito de uma obra filosófica, um artigo em que se dizia tê-la o autor escrito do ponto de vista espiritualista; ora, os partidários dos Espíritos ficariam singularmente desapontados se, confiantes nessa indicação, acreditassem encontrar alguma concordância entre o que ela ensina e as idéias por eles admitidas.
Se adotei os termos espírita, espiritismo, é porque eles exprimem, sem equívoco, as idéias relativas aos Espíritos.
Todo espírita é necessariamente espiritualista, mas nem todos os espiritualistas são espíritas. (Grifos nossos - Instituto André Luiz)
Ainda que os Espíritos fossem uma quimera, havia utilidade em adotar termos especiais para designar o que a eles se refere; porque as falsas idéias, como as verdadeiras, devem ser expressas por termos próprios.
As palavras espiritualismo e espiritualista são inglesas, e têm sido empregadas nos Estados Unidos desde que começaram a surgir as manifestações dos Espíritos; no começo e por algum tempo, também delas se serviram na França; logo, porém, que apareceram os termos espírita, espiritismo, compreendeu-se a sua utilidade, e foram imediatamente aceitos pelo público.
Hoje, seu uso está tão generalizado que os próprios adversários, aqueles que no princípio os classificavam de barbarismos, não empregam outros. Os sermões e as pastorais que fulminam o Espiritismo e os espíritas viriam produzir enorme confusão, se fossem dirigidos ao espiritualismo e aos espiritualistas.
Bárbaros ou não, esses termos estão hoje incluídos na língua usual e em todas as línguas da Europa; são os únicos empregados em todas as publicações, favoráveis ou contrárias, feitas em todos os países. Eles ocupam o vértice da coluna da nomenclatura da nova ciência; para exprimir os fenômenos especiais dessa ciência, tínhamos necessidade de termos especiais; o Espiritismo hoje possui a sua nomenclatura, tal como a Química.
As palavras espiritualismo e espiritualista, aplicadas às manifestações dos Espíritos, não são hoje mais empregadas senão pelos adeptos da escola americana.

----------------------------------------------------------------------------

03. O QUE É ESPIRITISMO?
É o conjunto de princípios e leis, revelados pelos Espíritos Superiores, contidos nas obras de Allan Kardec que constituem a Codificação Espírita: O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese.
“O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal.” Allan Kardec (O que é o Espiritismo – Preâmbulo)
“O Espiritismo realiza o que Jesus disse do Consolador prometido: conhecimento das coisas, fazendo que o homem saiba donde vem, para onde vai e por que está na Terra; atrai para os verdadeiros princípios da lei de Deus e consola pela fé e pela esperança.” Allan Kardec (O Evangelho segundo o Espiritismo – cap. VI – 4).3
O QUE REVELA:
Revela conceitos novos e mais aprofundados a respeito de Deus, do Universo, dos Homens, dos Espíritos e das Leis que regem a vida.
Revela, ainda, o que somos, de onde viemos, para onde vamos, qual o objetivo da nossa existência e qual a razão da dor e do sofrimento.
SUA ABRANGÊNCIA:
Trazendo conceitos novos sobre o homem e tudo o que o cerca, o Espiritismo toca em todas as áreas do conhecimento, das atividades e do comportamento humanos, abrindo uma nova era para a regeneração da Humanidade.
Pode e deve ser estudado, analisado e praticado em todos os aspectos fundamentais da vida, tais como: científico, filosófico, religioso, ético, moral, educacional, social.
SEUS ENSINOS FUNDAMENTAIS:
Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas. é eterno, imutável, imaterial, único, onipotente, soberanamente justo e bom.
O Universo é criação de Deus. Abrange todos os seres racionais e irracionais, animados e inanimados, materiais e imateriais.
Além do mundo corporal, habitação dos Espíritos encarnados, que são os homens, existe o mundo espiritual, habitação dos Espíritos desencarnados.
No Universo há outros mundos habitados, com seres de diferentes graus de evolução: iguais, mais evoluídos e menos evoluídos que os homens.
Todas as leis da Natureza são leis divinas, pois que Deus é o seu autor. Abrangem tanto as leis físicas como as leis morais.
O homem é um Espírito encarnado em um corpo material. O perispírito é o corpo semimaterial que une o Espírito ao corpo material.
Os Espíritos são os seres inteligentes da criação. Constituem o mundo dos Espíritos, que preexiste e sobrevive a tudo.
Os Espíritos são criados simples e ignorantes. Evoluem, intelectual e moralmente, passando de uma ordem inferior para outra mais elevada, até a perfeição, onde gozam de inalterável felicidade.
Os Espíritos preservam sua individualidade, antes, durante e depois de cada encarnação.
Os Espíritos reencarnam tantas vezes quantas forem necessárias ao seu próprio aprimoramento.
Os Espíritos evoluem sempre. Em suas múltiplas existências corpóreas podem estacionar, mas nunca regridem. A rapidez do seu progresso intelectual e moral depende dos esforços que façam para chegar à perfeição.
Os Espíritos pertencem a diferentes ordens, conforme o grau de perfeição que tenham alcançado: Espíritos Puros, que atingiram a perfeição máxima; Bons Espíritos, nos quais o desejo do bem é o que predomina; Espíritos Imperfeitos, caracterizados pela ignorância, pelo desejo do mal e pelas paixões inferiores.
As relações dos Espíritos com os homens são constantes e sempre existiram. Os bons Espíritos nos atraem para o bem, sustentam-nos nas provas da vida e nos ajudam a suportá-las com coragem e resignação. Os imperfeitos nos induzem ao erro.
Jesus é o guia e modelo para toda a Humanidade. E a Doutrina que ensinou e exemplificou é a expressão mais pura da Lei de Deus.
A moral do Cristo, contida no Evangelho, é o roteiro para a evolução segura de todos os homens, e a sua prática é a solução para todos os problemas humanos e o objetivo a ser atingido pela Humanidade.
O homem tem o livre-arbítrio para agir, mas responde pelas conseqüências de suas ações.
A vida futura reserva aos homens penas e gozos compatíveis com o procedimento de respeito ou não à Lei de Deus.
A prece é um ato de adoração a Deus. Está na lei natural e é o resultado de um sentimento inato no homem, assim como é inata a idéia da existência do Criador.
A prece torna melhor o homem. Aquele que ora com fervor e confiança se faz mais forte contra as tentações do mal e Deus lhe envia bons Espíritos para assisti-lo. é este um socorro que jamais se lhe recusa, quando pedido com sinceridade. (Fonte: FEB e SobreSites)

Voltar Início


--------------------------------------------------------------------------------

04. QUEM FOI ALLAN KARDEC?
Allan Kardec foi o criador (ou Codificador) do Espiritismo. Foi a partir de suas observações que surgiu a Doutrina Espírita, na França da século 19. Nasceu Hippolyte Léon-Denizard Rivail, em 03 de Outubro de 1804 em Lyon, França, no seio de uma antiga família de magistrados e advogados. Educado na Escola de Pestalozzi, em Yverdum, Suíça, tornou-se um de seus discípulos mais eminentes.
Rivail Denizard fez em Lião os seus primeiros estudos e completou em seguida a sua bagagem escolar, em Yverdun (Suíça), com o célebre professor Pestalozzi, de quem cedo se tornou um dos mais eminentes discípulos, colaborador inteligente e dedicado. Aplicou-se, de todo o coração, à propaganda do sistema de educação que exerceu tão grande influência sobre a reforma dos estudos na França e na Alemanha. Muitíssimas vezes, quando Pestalozzi era chamado pelos governos, um pouco de todos os lados, para fundar institutos semelhantes ao de Yverdun, confiava a Denizard Rivail o encargo de o substituir na direção da sua escola. O discípulo tornado mestre tinha, além de tudo, com os mais legítimos direitos, a capacidade requerida para dar boa conta da tarefa que lhe era confiada. Era bacharel em letras e em ciências e doutor em medicina, tendo feito todos os estudos médicos e defendido brilhantemente sua tese.4 Lingüista insigne, conhecia a fundo e falava corretamente o alemão, o inglês, o italiano e o espanhol; conhecia também o holandês, e podia facilmente exprimir-se nesta língua.(Henri Sausse)
Foi membro de várias sociedades sábias, entre as quais a Academie Royale d'Arras. De 1835 à 1840, fundou em seu domicílio cursos gratuitos, onde ensinava química, física, anatomia comparada, astronomia, etc.
Dentre suas inúmeras obras de educação, podemos citar: "Plano proposto para a melhoria da instrução pública" (1828); "Curso prático e teórico de aritmética (Segundo o método de Pestalozzi)", para uso dos professores primários e mães de família (1829); "Gramática Francesa Clássica" (1831); "Programa de cursos usuais de química, física, astronomia, fisiologia"(LYCÉE POLYMATIQUE); "Ditado normal dos exames da Prefeitura e da Sorbonne", acompanhado de "Ditados especiais sobre as dificuldades ortográficas (1849).
Por volta de 1855, desde que duvidou das manifestações dos Espíritos, Allan Kardec entregou-se a observações perseverantes sobre esse fenômeno, e, se empenhou principalmente em deduzir-lhe as conseqüências filosóficas.
Nele entreviu, desde o início, o princípio de novas leis naturais; as que regem as relações do mundo visível e do mundo invisível; reconheceu na ação deste último uma das forças da Natureza, cujo conhecimento deveria lançar luz sobre uma multidão de problemas reputados insolúveis, e compreendeu-lhe a importância do ponto de vista religioso.
As suas principais obras espíritas são: "O Livro dos Espíritos", para a parte filosófica, e cuja primeira edição surgiu em 18 de Abril de 1857; "O Livro dos Médiuns", para a parte experimental e científica (Janeiro de 1861); "O Evangelho Segundo o Espiritismo", para a parte moral (Abril de 1864); "O Céu e o Inferno", ou "A Justiça de Deus segundo o Espiritismo" (Agosto de 1865); "A Gênese, os Milagres e as Predições (Janeiro de 1868); "A Revista Espírita", jornal de estudos psicológicos.
Allan Kardec fundou em Paris, a 1º de Abril de 1858, a primeira Sociedade Espírita regularmente constituída, sob o nome de "Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas".
Casado com Amélie Gabrielle Boudet, não teve filhos.
Trabalhador infatigável, desencarnou no dia 31 de março de 1869, em Paris, da maneira como sempre viveu: trabalhando.
(Retirado de "Obras Póstumas", Biografia de Allan Kardec, edição IDE, e organizado por Instituto André Luiz)
05. ESPIRITISMO NO MUNDO:
Existe Espiritismo fora do Brasil? Sim, existe, é claro, embora que não conte com a mesma força que em nosso país. Mas, com muita alegria, ao longo destes seis anos frente ao Instituto De Divulgação Espírita André Luiz (Instituto André Luiz e Ideal André Luiz), tivemos o privilégio de entrar em contato com inúmeros irmãos e entidades internacionais, envolvidos com entusiasmo no projeto de criar, manter e ampliar casas espíritas nos lugares mais distantes do Planeta.
Dentre entre estes lugares, podemos citar: Bósnia (Movimento criado a partir de Embaixada de língua portuguesa, por funcionários espíritas), Canadá, Holanda, Suécia, Japão, Noruega, Itália, França, Venezuela, Argentina e Estados Unidos. Nestes países, assim como em muitos outros, o Espiritismo começa a andar, lenta, porém firmemente e sempre mantendo, para alegria nossa, fidelidade aos ensinamentos repassados pelos Espíritos Codificadores ao mestre Allan Kardec.
Nos Estados Unidos, porém, é onde o Espiritismo caminha com maior vigor e rapidez. Vejam na entrevista abaixo, um panorama do Espiritismo norte-americano:

P: - Quantos grupos espíritas existem nos Estados Unidos da América do Norte?
R: - Contam-se 50 grupos, dentre os quais 17 estão legalizados e 12 estão afiliados ao Conselho Espírita.
P: - Como se organiza, nos EUA, o movimento espírita?
R: - Como o movimento ainda é jovem e está em organização, os centros espíritas afiliam-se diretamente ao Conselho Espírita, com sede em Washington. Na Flórida existe uma Federação Espírita, anterior à criação do próprio Conselho. Lá os grupos podem se afiliar também àquela Instituição, que por sua vez, também é adesa ao Conselho.
P: - Esses grupos compreendem a importância de Allan Kardec?
R: - Sim, esses grupos estão conscientes a respeito da codificação do Espiritismo e procuram pautar suas atividades nos princípios básicos compilados por Allan Kardec, com base nos ensinos da espiritualidade superior. (Fonte: Site O Mensageiro, entrevista de Carlos Campetti. VEJA MAIS).

----------------------------------------------------------------------------

06. ESPIRITISMO NO BRASIL:
JEITO BRASILEIRO DE SER ESPÍRITA - (Entrevista concedia pela antropóloga Sandra Jacqueline Stoll, que estudou a história e linhas de força que lutam pela hegemonia do Espiritismo no Brasil à reporter Paula Barcellos, do JB Online: "Apesar de contar com 6 milhões de espíritas declarados e outros milhões de simpatizantes, a história e a prática dessa religião ainda não tinham transposto os muros acadêmicos. Para suprir essa lacuna, a antropóloga Sandra Jacqueline Stoll escreveu Espiritismo à brasileira (Edusp, 296 páginas, R$ 35), originalmente uma tese de doutorado em Antropologia Cultural na USP. Confrontando dois personagens fundamentais, Chico Xavier e Luiz Antônio Gasparetto, Sandra identificou novas linhas de força da religião espírita, desde o início dividida entre uma corrente cientificista, predominante na Europa, e outra que privilegia o aspecto moral, hegemônica no Brasil. Nesta entrevista, ela explica as novas divisões do espiritismo: de um lado, a ligação com o catolicismo, expressa na aceitação voluntária, por Chico Xavier, dos votos monásticos de pobreza e castidade. De outro, a Nova Era e a auto-ajuda de Gasparetto, que prega a realização pessoal e o sucesso.

- O que a levou a estudar o espiritismo?
- Eu tinha curiosidade de rever a interpretação da inserção do espiritismo na cultura religiosa brasileira. Quando se analisam certas tendências do campo religioso, os grupos mencionados são os católicos, os carismáticos, os neopentecostais e os grupos afro-brasileiros. Suprir essa lacuna foi uma das motivações dessa pesquisa. Mas havia também a figura extraordinária de Chico Xavier, que, apesar da unanimidade conquistada dentro e fora do meio espírita, não tinha sido ainda objeto de pesquisa antropológica. O mesmo ocorre com outro médium de destaque, Luiz Antônio Gasparetto. Suas pinturas mediúnicas chamaram tanto a atenção que ele chegou a ser levado para a Inglaterra, para se apresentar na BBC.

- No livro, você compara a doutrina espírita francesa, fundada por Allan Kardec, com a brasileira. Elas acabaram se tornando religiões diferentes? Ou as diferenças são, basicamente, resultantes de comportamentos culturais distintos?
- A doutrina de Allan Kardec teve uma larga difusão na França, assim como no Brasil, no século 19. Nestes dois países, porém, as características assumidas pela doutrina não foram as mesmas. Na França, a produção das obras de Allan Kardec tinha como tema central a teoria da evolução. Essa era a tônica dos debates científicos e religiosos na Europa na época. Já no Brasil, apenas em círculos sociais restritos esse debate encontrou ressonância. Em contrapartida, o aspecto moral da doutrina espírita foi rapidamente assimilado, por seu estreito comprometimento com o ideário cristão. O que demonstro no livro é que esse ideário foi aqui reinterpretado, criando-se um ''estilo católico de ser espírita''. O médium Chico Xavier é o paradigma dessa construção. Sua imagem pública foi construída com base na noção católica de santidade. Isso se expressa no estilo de vida por ele adotado, marcado pela incorporação gradativa dos votos monásticos católicos: obediência, castidade, renúncia aos bens materiais. Traduzidas como ''sacrifício de si'', essas práticas, juntamente à caridade, também assimilada do universo católico, conferem ao espiritismo uma marca arraigadamente católica, cultura religiosa dominante no país. Não se trata, porém, de uma outra religião, já que os preceitos doutrinários do espiritismo no Brasil são os mesmos lançados na França.

- Isso teria acontecido apenas no Brasil?
- Nos países em que a religião católica é dominante, a apropriação de elementos de sua estrutura, de sua prática ritual e ideário faz parte das estratégias de inserção de doutrinas estrangeiras. Veja como outras religiões rapidamente se apropriam de símbolos do catolicismo para facilitar sua inserção nas camadas populares: as figuras dos bispos, pastores, templos, água, batismo etc. são exemplares nesse sentido. O Brasil não foge à regra. Mas é preciso também salientar que mudanças nas relações de poder no campo religioso podem alterar esse processo. Como demonstro no livro, existem hoje outras correntes bastante influentes no campo religioso. O próprio catolicismo tenta se adaptar a essas mudanças, introduzindo, de um lado, práticas rituais que o aproximam do pentecostalismo e, de outro, estimulando as peregrinações religiosas e o culto aos santos ao estilo Nova Era. Isso também pode ser observado no universo espírita: a construção de novas sínteses em que o catolicismo não ocupa lugar central. Provavelmente, como vêm demonstrando várias pesquisas recentes, a tendência reflete o solapamento da posição hegemônica que o catolicismo ocupava no Brasil.

- É inegável a importância de Chico Xavier no espiritismo brasileiro. Pode-se dizer que sua produção literária mediúnica legitimou a idéia de imortalidade da alma, uma das principais teses espíritas, a ponto de ser aceita por praticantes de outras religiões?
- A contribuição fundamental da literatura produzida por Chico Xavier foi certamente a popularização da doutrina espírita. Suas obras, acompanhadas cronologicamente, permitem perceber que os temas fundamentais do espiritismo - a idéia da imortalidade da consciência, da evolução, do carma etc. - são introduzidos de forma gradativa, articulando-se, especialmente nos romances, por meio do enredo de histórias de vida. Realizado por mais de 70 anos, esse projeto certamente contribuiu para a disseminação da idéia da imortalidade da alma, inclusive entre os que se dizem católicos, como sinalizam várias pesquisas acadêmicas e jornalísticas.

- Quais seriam as principais tendências do espiritismo brasileiro hoje?
- O espiritismo de ''viés católico'', consolidado em torno da imagem pública de Chico Xavier, ainda é hegemônico no Brasil, mas no interior deste vêm sendo gestadas novas tendências. Hoje temos duas correntes dominantes: uma, a exemplo da orientação de Kardec, vem buscando a inovação da doutrina por meio da atualização de seus conceitos científicos; a outra busca no campo religioso sua atualização, incorporando idéias e práticas de sistemas filosóficos/doutrinários diversos, precariamente reunidos em torno do rótulo de Nova Era e com grande ênfase na auto-ajuda. A Nova Era e as novas idéias científicas relativas às origens e evolução do universo tornaram-se as suas principais fontes contemporâneas de inspiração.

- Os livros de auto-ajuda têm influenciado o espiritismo?
- Essa é uma tendência que não se verifica apenas no Brasil. Hoje em inúmeras livrarias da Índia, do Nepal, da Inglaterra, de Portugal, do Chile e da Argentina, você encontra amplas seções de livros destinados à auto-ajuda. O espiritismo no Brasil acompanha essa tendência e, diga-se de passagem, a Igreja Católica também. Chico Xavier foi o primeiro best-seller do campo espírita. Hoje os livros de outros médiuns, em especial de Zíbia Gasparetto, tomaram-lhe a dianteira. Seus livros há anos constam entre os mais vendidos. Esse sucesso, em larga medida, explica-se por uma mudança do modelo convencional da literatura espírita para o filão da auto-ajuda.

- O que muda?
- Os temas principais são os mesmos - carma, evolução, intervenção dos espíritos etc. -, porém o alvo não é a vida futura, mas o aqui e agora. Usando uma linguagem mais coloquial, moderna e situações do cotidiano, essa literatura encontra ressonância especialmente entre os segmentos de classe média, ultrapassando os limites do espiritismo. Nesse sentido, esta literatura também contribui para a disseminação de temas fundamentais da doutrina espírita. A diferença é que nessa literatura o tema do livre-arbítrio ganha centralidade, enfatizado como instrumento de ''realização pessoal'', o que permite relativizar, por exemplo, a idéia do carma como destino inexorável.

- Um autor como Luiz Antonio Gasparetto une rituais mediúnicos às temáticas da Nova Era e às práticas de auto-ajuda. Como a doutrina espírita absorve tudo isso?
- Dizem os espíritas que Luiz Antônio Gasparetto já não é mais espírita. Ele mesmo recusa essa denominação. O endosso de certas idéias e práticas da Nova Era e especialmente da auto-ajuda, segundo eles, teria produzido o seu afastamento da tradição doutrinária. Entretanto, outros grupos fizeram o mesmo e ainda são considerados espíritas. O pomo da discórdia na verdade é uma questão de ordem ética: trata-se da discordância dos espíritas com relação ao uso da mediunidade para fins privados, em especial para o enriquecimento pessoal. Aí se evidencia o modelo de virtudes católico disseminado no espiritismo por Chico Xavier, que fez da prática da mediunidade um exercício do voto de pobreza. Gasparetto, ao contrário, investe por intermédio da auto-ajuda na ética do sucesso, da prosperidade. Atua em favor do próximo, porém não por meio da caridade, mas estimulando as pessoas a buscarem por si a felicidade, o prazer, a realização pessoal. Ele tem tido enorme sucesso com esse trabalho. Sustento, apesar disso, que Gasparetto continua no campo espírita. É a partir dessa matriz que ele reinterpreta os conceitos e práticas de outras tradições.

- Projetos como os de Gasparetto podem conduzir à criação de um novo espiritismo?
- A princípio é o que ele pretendia. Mas, hoje, afirma que não é espírita. Cada sistema religioso lida com a divergência e a dissidência de modos diversos. Os espíritas se debateram no Brasil durante décadas entre duas tendências, aqueles mais afinados com o discurso científico da doutrina, e os demais sintonizados com seus valores morais. Com Chico Xavier e seus seguidores tornou-se hegemônica a segunda corrente. Hoje existem novas tendências, dentro do campo espírita, disputando espaço. Não se sabe ainda qual o desfecho dessa disputa que apenas se inicia. Mas ela, forçosamente, impõe transformações.

- Muitas pessoas hoje se assumem como espiritualistas. Como você definiria esse conceito?
- Como outros conceitos, por exemplo de Nova Era ou ''neo-esoterismo'', estes são rótulos que demarcam um campo de trocas, disputas e diálogos e não um modo de identidade. Quem se diz espiritualista pode num dado momento estar realizando meditação de estilo zen, freqüentar sessões de ioga, massagem tibetana, consumir incensos, colecionar medalhas de santos católicos. Meses depois, pode ter abandonado um ou mais destes itens e estar envolvido numa nova síntese. Esse exercício da espiritualidade pouco afeito a fidelidades institucionais é o que caracteriza a religiosidade contemporânea. Talvez seja um dos principais desafios das instituições religiosas. [28/FEV/2004 - JEITO BRASILEIRO DE SER ESPÍRITA].


VEJA também artigo sobre "Espiritismo no Brasil - Suas Origens" no site do Centro Espírita Ismael..

----------------------------------------------------------------------------

07. O ESPIRITISMO E AS RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS:
Espiritismo não é Umbanda - FREQÜENTEMENTE, AS PESSOAS MENOS AFEITAS AO ESTUDO, CONFUNDEM O ESPIRITISMO COM OUTROS SEGMENTOS RELIGIOSOS. ISTO GERA PRECONCEITO E ATITUDES NEGATIVAS PARA AMBOS OS LADOS. NADA MELHOR QUE ESCLARECER, ENTÃO, NOSSOS LEITORES, SOBRE ESTAS QUESTÕES. O QUE HÁ DE SIMILAR, POR EXEMPLO, ENTRE ESPIRITISMO E UMBANDA?
Com todo respeito que nos merecem todas as religiões que induzam à prática do bem, respondemos que não.
Religião científico-filosófica, o Espiritismo não pretende demolir aquelas que o precederam, antes reconhece a necessidade da existência delas para grande parte da Humanidade, cuja evolução se processa lenta, mas inexoravelmente.
Espiritismo e Umbanda ensinam a reencarnação e trabalham com a mediunidade. A primeira usa o pensamento; a segunda, a Natureza.
O Espiritismo veio quando chegaram os tempos, através dos Espíritos Superiores que foram apóstolos e discípulos de Jesus quando ele esteve na Terra e que voltaram, no século passado, transmitindo seus ensinamentos a Allan Kardec, que os codificou. Ele objetiva o progresso espiritual dos homens, com a implantação da fraternidade entre eles.
Umbanda é basicamente prática religiosa dos africanos bantos e sudaneses, trazidos para o Brasil como escravos. É o resultado do sincretismo com o Catolicismo, reunindo ainda folclore, superstições e crendices, sem doutrina codificada.
A tendência natural é o umbandista se tornar espírita, como aconteceu, por exemplo, em Goiânia, à antiga Tenda do Caminho, hoje Irradiação Espírita Cristã, com um admirável acervo de obras assistenciais.
O Espiritismo não adota em suas reuniões: paramentos ou quaisquer vestes especiais; vinho, cachaça, ou qualquer outra bebida alcoólica; incenso, mirra, fumo ou quaisquer outras substâncias que produzam fumaça; altares, imagens, andores e velas; hinos ou cantos em línguas mortas ou exóticas; danças ou procissões; atendimento a interesses materiais, terra-a-terra, mundanos; pagamento de qualquer espécie; talismãs, amuletos, orações miraculosas, bentinhos e escapulários; administração de sacramentos, concessão de indulgências, distribuição de títulos nobiliárquicos; horóscopos, cartomancia, quiromancia e astrologia; rituais e encenações extravagantes; promessas e despachos; riscar cruzes e pontos, praticar, enfim, a longa série de atos materiais oriundos de velhas e primitivas concepções religiosas.
O Espiritismo não tem profissionais. Só amadores. Gente que ama o que faz, buscando a fé com a razão e o servir ao próximo sem qualquer recompensa material.
O Espiritismo é para ser estudado, discutido e aplicado, visando a reforma intima do seu adepto. (Fonte : Revista Espírita Allan Kardec, edição 36. VEJA MAIS!)
08. BEZERRA DE MENEZES:
O nome mais famoso do espiritismo brasileiro foi vereador e chegou a presidente da Câmara Municipal. Hoje em dia, não há espírita que não recorra ao doutor Bezerra de Menezes quando tem algum problema de saúde na família.
Nascido no ano de 1831 em Riacho do Sangue, no Ceará, Adolfo Bezerra de Menezes formou-se aos 25 anos na Escola de Medicina do Rio de Janeiro.
Conhecido por sua dedicação aos mais carentes como o "médico dos pobres", largou o posto de cirurgião-tenente do Exército - lotado no Hospital Central, além de possuir uma famosa clínica com uma clientela rica - para entrar na política.
O que Bezerra de Menezes recebia da classe abastada no seu consultório no Centro da cidade gastava com os mais pobres, não só clinicando gratuitamente, como dando a eles remédios, roupa, dinheiro, enfim, tudo de que necessitassem. Isso levou a população do bairro de São Cristóvão a pedir que ele a representasse na Câmara Municipal.
Vereador eleito pelo Partido Liberal, Bezerra de Menezes enfrentou logo a oposição do líder do Partido Conservador, Hadock Lobo, que pediu a impugnação do seu diploma, sob o argumento de que um militar da ativa não poderia exercer cargo político. Bezerra de Menezes pediu baixa do Exército e, durante vinte anos - de 1860 a 1880, ano em que presidiu o Legislativo do Município -, foi eleito vereador, deputado geral e indicado para o Senado.
Como político e jornalista, Bezerra de Menezes, em comícios e artigos, defendeu, entre outras causas, a emancipação dos escravos. Nesse período, lançou o jornal A Reforma, de orientação liberal, e criou a Estrada de Ferro Macaé-Campos, que o enriqueceu, mas acabou falindo, não só por dar tudo que tinha para os pobres, como também pela falta de apoio do Governo Imperial, que não liberou os meios para o desenvolvimento da ferrovia.
Isso não impediu que continuasse atendendo às massas carentes, já convertido à doutrina espírita, pioneiramente como médico homeopata, até falecer, pobre e amado pelo povo, em abril de 1900.
(FONTE: Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro - Vereador histórico)

Adolfo Bezerra de Menezes, o médico dos pobres e incansável obreiro de Jesus na difusão do Espiritismo Consolador em terras brasileiras, não foi espírita desde que nasceu... Vejam um trecho do estudo sobre o grande médico e espírita, denominado o “Kardec brasileiro”, apresentado em palestra no NEU-UERJ/Faculdade de Ciências Médicas em outubro de 1999, por Eva Patrícia Baptista (graduanda do curso médico), e disponível no site PORTAL DO ESPÍRITO:
"Adolfo Bezerra de Menezes nascera em família afortunada e católica, a 29 de agosto de 1831, em Riacho do Sangue, na Província do Ceará. Cresceu em clima de severa dignidade, respeito e religiosidade. Devido à sua prestimosa inteligência, inerente a todos os espíritos superiores, distinguiu-se nos estudos desde cedo, sendo sempre o 1o aluno de sua classe. Em 5 de fevereiro de 1851, quando contava com 19 anos de idade, transferiu-se para a Corte (atual Rio de Janeiro) para fazer seu curso médico. Nesta época seu pai, homem de bom coração havia perdido a sua fortuna e não pode ajudar seu filho financeiramente em seus estudos. Foi através de lutas, privações e renúncias aos prazeres ilusórios do mundo, que Bezerra conseguiu, em 1856, doutorar-se em Medicina.
Para custear seus estudos e a subsistência própria, Bezerra de Menezes lecionava. Numa ocasião em que se achavam totalmente esgotados os recursos, de par com a urgência de pagar o aluguel da casa e acudir a outras necessidades inadiáveis, reclinado em sua rede, sem grandes sobressaltos, mas seriamente preocupado com a solução do caso, dava tratos à imaginação, em procura dos meios com que sair da dificuldade, quando ouve bater à porta. Era um desconhecido, que vinha nominalmente procurá-lo, e que, depois, ajustando um certo número de lições de determinadas matérias, tira do bolso um maço de células e paga antecipadamente o preço convencionado, ficando igualmente combinado para o dia seguinte o início das aulas.
Bezerra reluta em receber a importância adiantada. Por fim, lembrando-se de sua situação, resolve aceitá-la. Radiante com a inesperada e providencial visita, Bezerra de Menezes solveu os seus compromissos e ficou a esperar, no prazo estipulado, o novo aluno.
Mas nem no dia seguinte nem nunca mais lhe tornou este a aparecer. Foi, pois, uma visita mais misteriosa.
Intervenções da mesma natureza, posto que não revestidas de cunho misterioso idêntico, se haviam de reproduzir no curso de sua vida, quando, em mais de uma ocasião, faltando-lhe o necessário para as despesas indispensáveis, longe de se perturbar, sentava-se à mesa de trabalho e punha-se tranqüilamente a escrever. Aparecia-lhe sempre um consulente que, atendido, lhe deixava os recursos de que necessitava e que, com serena confiança na Providência Divina, tinha certeza de que lhe não faltariam.2
Casou-se em 6 de novembro de 1858, aos 27 anos, com D. Maria Cândida de Lacerda, pertencente a ilustre família. No fim de 4 anos, sua mulher desencarna, deixando-lhe dois filhos, um de 3 anos e outro de 1 ano. Este fato produziu em Bezerra um abalo físico e moral.
Todas as glórias mundanas que havia conquistado tornaram-se aborrecidas. Não tinha mais prazer de ler e escrever, suas duas maiores distrações e nada encontrava que lhe fosse lenitivo a tamanha dor.
É porque Bezerra, quando na Faculdade, na convivência de seus colegas, na maioria ateus, esquecera-se da sua crença católica que não fora firmada em uma fé raciocinada. Apesar disso, continuava a crer em dois pontos da religião católica: a crença em Deus e a existência da alma.
Um dia, um amigo seu lhe trouxe um exemplar da Bíblia, traduzido pelo padre Pereira de Figueiredo. Bezerra tomou o livro sem o intuito de lê-lo, mas folheando-o começou a ler e esqueceu-se nesta tarefa. Leu toda a Bíblia e percebeu que algo de estranho se passava em seu interior. Quando acabou, tinha a necessidade de crer novamente, mas não nesta crença imposta à fé, mas numa outra firmada na razão e na consciência. Atirou-se então à leitura dos livros sagrados, com ardor e sede. Mas havia sempre uma falha a que seu espírito reclamava.
Começaram a aparecer as primeiras notas espíritas no Rio de Janeiro. E, apesar de ouvir sobre esta nova Doutrina, Bezerra repelia-a sem conhecê-la, pois temia que ela perturbasse a paz que lhe trouxera ao espírito a sua volta à religião.
Um dia, porém, seu colega Dr. Joaquim Carlos Travassos, tendo traduzido o Livro dos Espíritos de Allan Kardec, presenteou-o com este livro. E tal como acontecera com a Bíblia, prendeu-se neste livro, lendo-o todo. Operou-se nele um fenômeno estranho. Ele sabia que nunca havia lido qualquer obra espírita, no entanto, tudo o que lia não era novo para seu espírito. Ele sentia como se já tivesse lido e ouvido tudo aquilo. São as lembranças da alma.
Foi assim que Bezerra de Menezes tornou-se espírita." (FONTE: PORTAL DO ESPÍRITO)

----------------------------------------------------------------------------

09. EMMANUEL:
Emmanuel foi o inesquecível guia de Chico Xavier, durante o seu longo apostolado mediúnico. Mostrou-se, em seu primeiro contato, dentro de raios luminosos em forma de cruz e com a aparência de um bondoso ancião. Mais tarde, captado por tintas mediúnicas, Emmanuel revelou-se um belo homem, ainda jovem, de porte atlético (vide imagem de materialização, em Fotografias e Lembranças), andar elegante e olhar encantador. Instado a revelar sua identidade, esquivou-se repetidas vezes, alegando razões particulares e respeitáveis, afirmando, porém, ter sido, na sua última passagem pelo Planeta, padre católico (Manuel da Nóbrega), desencarnado no Brasil. (Chico Xavier, in "Emmanuel", 1938).
Veja mais sobre Nóbrega aqui.
Embora Chico Xavier tenha se iniciado no Espiritismo aos 17 anos, em 7 de maio de 1927 (fonte: FEB), apenas a partir de 1931 Emmanuel passou a guiar as suas mãos, sendo para este, segundo suas próprias palavras, um "viajante muito educado procurando domar um animal freado e irrequieto, afim de realizar uma longa excursão". (Pinga-Fogo, Edicel).
Apesar de apontamentos seguidos sobre a rígida disciplina aplicada por Emmanuel sobre Chico Xavier, este apenas teve sempre, sobre seu mentor, palavras de carinho e gratidão. E uma profunda admiração também, perceptível nesta declaração: "Solicitado para se pronunciar sobre esta ou aquela questão, notei-lhe sempre o mais alto grau de tolerância, afabilidade e doçura, tratando todos os problemas com o máximo respeito pela liberdade e pelas idéias dos outros." Ou então: "Emmanuel tem sido para mim um verdadeiro pai na Vida Espiritual, pelo carinho com que tolera as falhas, e pela bondade com que repete as lições que devo aprender. Em todos estes anos de convívio estreito, quase diário, ele me traçou programas e horários de estudo, nos quais a princípio até inclui datilografia e gramática, procurando desenvolver os meus singelos conhecimentos de curso primário, em Pedro Leopoldo, o único que fiz agora, no terreno da instrução oficial."
Emmanuel permaneceu ao lado de Chico até suas derradeiras horas no Planeta. O médium morreu na noite de domingo, 30 de junho, aos 92 anos, de parada cardíaca, na cidade de Uberaba, MG, e onde passou grande parte de sua vida.
É impossível falar em Espiritismo ou em Chico Xavier, principalmente, sem recordar este grande Espírito que ao longo de várias e laboriosas décadas, consolidou a Doutrina Espírita no Brasil. Foi através de múltiplos ensinamentos e mensagens, que Emmanuel popularizou a Terceira Revelação sobre o solo brasileiro. Suas preciosas lições e incansáveis recomendações ecoam até hoje, através de livros e lembranças, a perpetuar um trabalho de imensurável valor e que se desenvolveu, certamente, sob a direção direta do Cristo. ( ©2005-2006 Instituto André Luiz - Conforme Lei dos Direitos Autorais nº 9.610, de 19.02.98. VEJA MAIS)

Mais sobre EMMANUEL, leia aqui.

----------------------------------------------------------------------------

10. ANDRÉ LUIZ:
O ano de 1944 marca a estréia de André Luiz no mercado editorial espírita brasileiro, revolucionando, de certo modo, a concepção geral acerca da vida pós-túmulo. "Nosso Lar" descreve as atividades de uma cidade espiritual próxima à Terra, e transforma-se em objeto de estudo, discussão e deslumbramento nos círculos espíritas do país.
Portas até então cerradas se abrem de par em par, revelando vida e trabalho, continuidade e justiça onde imperavam dúvidas e suposições.
Todos querem saber mais sobre o autor.
André Luiz não é o seu verdadeiro nome.
Dele sabe-se apenas que foi médico sanitarista, no século iniciante, e que exerceu sua profissão no Rio de Janeiro, Brasil. Segundo suas próprias palavras, optou pelo anonimato, quando da decisão de enviar notícias do além-túmulo, por compreender que "a existência humana apresenta grande maioria de vasos frágeis, que não podem conter ainda toda a verdade".
Declara Emmanuel, no prefácio de "Nosso Lar", que ele, "por trazer valiosas impressões aos companheiros do mundo, necessitou despojar-se de todas as convenções, inclusive a do próprio nome, para não ferir corações amados, envolvidos ainda nos velhos mantos da ilusão."
Imensa curiosidade cerca a personalidade do benfeitor e aventam-se hipóteses, sem que se chegue à sua real identidade.
André Luiz, no entanto, fiel ao desejo de servir sem láureas, e atento ao compromisso com a verdade, prossegue derramando bênçãos em forma de livros, sem curvar-se à curiosidade geral.
Importa o que tem a dizer, de espírito à espírito.
A vaidade do nome ou sagrações passadas já não encontram eco em seu coração lúcido e enobrecido.
André Luiz foi, positivamente, dentre todos os Benfeitores que escreveram aos encarnados o que manteve fidelidade maior aos postulados espíritas, notadamente à Allan Kardec. O seu trabalho, no que concerne à forma e ao fundo, notabiliza-se em tudo pelo respeito e lealdade mantidos, ao longo do tempo, ao Codificador e à Codificação.
Por mais de quatro décadas, André Luiz trabalhou ativamente junto a Seara Espírita, lhe exornando a excelência e clarificando caminhos.
Chico Xavier, o médium que serviu de "ponte", hoje desencarnado, não pode mais oferecer mão segura à transmissão de seus ensinamentos luminosos.
Não sabemos se André Luiz retornará pela mão de outro médium.
Deste modo, resta apenas, aos espíritas e admiradores, o estudo de sua obra magnífica, calando interrogações para ater-se às lições ministradas, de mente despojada e coração agradecido.
Como ele, certamente, aguarda seja feito. (©1999-2005 Lori Marli dos Santos - Instituto André Luiz. - Conforme Lei dos Direitos Autorais nº 9.610, de 19.02.98. VEJA MAIS)

----------------------------------------------------------------------------

11. FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER:
Francisco Cândido Xavier, ou Chico Xavier, foi o médium mais conhecido e respeitado, por espíritas e não-espíritas, no Brasil e no exterior, e com maior tempo de atividade mediúnica. Nascido na cidade de Pedro Leopoldo, Minas Gerais, em 02 de Abril de 1910, desencarnou em Uberaba, aos 92 anos, no dia 30 de junho de 2002.
Iniciou-se no Espiritismo ao 17 anos. Auxiliado pelo irmão José Cândido Xavier, fundou o Centro Espírita Luiz Gonzaga, em maio de 1927. Em 8 de julho do mesmo ano, psicografou pela primeira vez, recebendo uma mensagem de 17 páginas, de um Espírito Amigo, e que versava sobre Deveres Espíritas.
Mas José Xavier adoeceu, vindo a falecer em seguida, e o médium, sempre assediado por multidões súplices e sofredoras e rodeado de amigos e admiradores, chegou a trabalhar sozinho, por muito tempo, entre perseguições e preconceitos, por absoluta falta de companheiros.
No final de 1931, conheceu Emmanuel, seu luminoso guia, e a partir daí iniciou-se o que se pode chamar de "sublime ponte" entre o Céu e a Terra. Sob a sua orientação espiritual, Chico Xavier psicografou milhares de páginas de instrução, educação e consolo, ditadas por inúmeros Espíritos, e compiladas em quatrocentos e doze (412) livros, sendo que o últimos foram "Traços de Chico Xavier", livro de poesias, em 1997, "Caminho Iluminado", do espírito Emmanuel, em 1998 e finalmente o último livro, "Escada de Luz". Muitos destes livros, inclusive em braile, foram traduzidos para línguas quais o inglês, o espanhol e o esperanto.
A renda da venda dos livros, uma admirável fortuna, foi, desde o início, totalmente doada em favor de hospitais, asilos, orfanatos e outras Instituições Beneficentes, vivendo Chico Xavier de seu parco salário de humilde funcionário público.
A máxima de Jesus: "Dai de graça o que de graça recebestes" foi o lema deste formidável trabalhador cristão, no trato com o dinheiro havido de sua mediunidade abençoada.
Mesmo doente e em idade avançada, compareceu, sempre que possível, aos sábados à noite, no Grupo Espírita da Prece, para receber as centenas de pessoas que se comprimiam no local, ansiosas por uma palavra de carinho, que ele tinha sempre para todos, e por seu gesto de amor, uma característica especial: o beijo terno nas mãos que o procuravam.
(Lori Marli dos Santos, Biografia exclusiva do Site Espírita André Luiz)

"A 30 de junho de 2002, por volta das 19h30, desencarnou em Uberaba o médium mineiro Francisco Cândido Xavier, em meio às vibrações de alegria do povo brasileiro pela conquista de mais um troféu mundial de futebol, como se o Plano Espiritual Superior quisera, propositadamente, diluir as repercussões que a partida do médium, por certo, viria causar em todos os segmentos da nossa sociedade. À medida que a notícia da desencarnação se espalhava pela cidade, centenas de pessoas se dirigiam para a casa do médium, de onde saiu o corpo, por volta das 23h, para ser velado no Grupo Espírita da Prece, ali permanecendo por cerca de 48 horas para receber as homenagens derradeiras do povo que ele tanto amou." (Fonte:Reformador julho/2002 – Edição especial)
12. DIVALDO PEREIRA FRANCO:
Divaldo nasceu em 05 de maio de 1927, em Feira de Santana na Bahia, onde cursou a Escola Normal Rural, sem passar pelo ginásio, trabalhou como escriturário no IPASE, em Salvador.
Seu curriculum vitae é fenomenal, que revela que ele é um educador com mais de 600 filhos e 200 netos, atendendo atualmente 3 mil crianças carentes por dia; o orador com mais de 8.500 conferências, em mais de 1.000 cidades, em todo o Brasil e em 52 países, concedendo mais de 1.100 entrevistas de rádio e TV e mais de 450 emissoras, e recebendo mais de 400 homenagens de instituições culturais, sociais, religiosas e políticas.
Como médium, produziu 147 obras, traduções para 15 idiomas, com cerca de 4 milhões e meio de exemplares.
Sem dúvida trata-se de uma pessoa muito especial, que tem passado a vida trabalhando pela causa do Evangelho e do ideal espírita nos preparativos para o Terceiro Milênio. (Fonte: Site Divaldo Pereira Franco, biografia).
----------------------------------------------------------------------------

13. MOVIMENTO ESPÍRITA:
O que é · Movimento Espírita é o conjunto das atividades que têm por objetivo estudar, divulgar e praticar a Doutrina Espírita, contida nas obras básicas de Allan Kardec, colocando-a ao alcance e a serviço de toda a Humanidade.
As atividades que compõem o Movimento Espírita são realizadas por pessoas, isoladamente ou em conjunto, e por Instituições Espíritas.
Objetivos das Entidades e Órgãos Federativos e de Unificação do Movimento Espírita:
Promover o Estudo, a Difusão e a Prática da Doutrina Espírita, procurando:
Manter um constante contato com os Grupos, Centros e Sociedades Espíritas de sua área territorial, objetivando conhecer suas atividades, suas realidades e suas necessidades;
Manter um permanente trabalho de apoio aos Grupos, Centros e Sociedades Espíritas de sua área de ação, procurando colaborar no atendimento a todas as suas atividades e necessidades;
Promover e ajudar na criação, na formação e na organização de novos núcleos espíritas, na área de sua responsabilidade;
Promover a união dos Grupos, Centros e Sociedades Espíritas e a unificação do Movimento Espírita, em sua área de ação;
Promover e realizar reuniões periódicas dos Grupos, Centros e Sociedades Espíritas de sua área de ação, propiciando a troca de informações e experiências relacionadas com suas atividades, bem como a ajuda recíproca e a programação e realização de atividades conjuntas;
Promover a união com as outras Entidades e Órgãos que lhe são congêneres de outras áreas territoriais, com vistas à unificação do Movimento Espírita em geral;
Promover a realização de cursos, encontros, seminários, reuniões e demais atividades, voltados ao trabalho de apoio ao Centro Espírita, à tarefa de difusão da Doutrina Espírita e às atividades de unificação do Movimento Espírita (FONTE: Site da Federação Espírita Brasileira).
----------------------------------------------------------------------------

14. UNIFICAÇÃO ESPÍRITA:
O que é: Trabalho federativo e de unificação do Movimento Espírita é uma atividade-meio que tem por objetivo fortalecer, facilitar, ampliar e aprimorar a ação do Movimento Espírita em sua atividade-fim, que é a de promover o estudo, a difusão e a prática da Doutrina Espírita.
O que realiza- Realiza um permanente contato com os Grupos, Centros ou Sociedades Espíritas, promovendo a sua união e integração e colocando à disposição dos mesmos, sugestões, experiências, trabalhos e programas de apoio de que necessitem para suas atividades.
Como se estrutura - Estrutura-se pela da união dos Grupos, Centros ou Sociedades Espíritas que, preservando a sua autonomia e liberdade de ação, conjugam esforços e somam experiências, objetivando o permanente fortalecimento e aprimoramento das suas atividades e do Movimento Espírita em geral.
Bezerra de Menezes - "No trabalho de unificação - O serviço de unificação em nossas fileiras é urgente mas não apressado. Uma afirmativa parece destruir a outra. Mas não é assim. É urgente porque define o objetivo a que devemos todos visar; mas não apressado, porquanto não nos compete violentar consciência alguma.
Mantenhamos o propósito de irmanar, aproximar, confraternizar e compreender e, se possível, estabeleçamos em cada lugar, onde o nome do Espiritismo apareça por legenda de luz, um grupo de estudo, ainda que reduzido, da Obra Kardequiana, à luz do Cristo de Deus.
A Doutrina Espírita possui os seus aspectos essenciais em configuração tríplice. Que ninguém seja cerceado em seus anseios de construção e produção. Quem se afeiçoe à ciência que a cultive em sua dignidade, quem se devote à filosofia que lhe engrandeça os postulados e quem se consagre à religião que lhe divinize as aspirações, mas que a base Kardequiana permaneça em tudo e todos, para que não venhamos a perder o equilíbrio sobre os alicerces em que se nos levanta a organização.
Ensinar, mas fazer; crer, mas estudar; aconselhar, mas exemplificar; reunir, mas alimentar.
É indispensável manter o Espiritismo, qual foi entregue pelos Mensageiros Divinos a Allan Kardec: sem compromissos políticos, sem profissionalismo religioso, sem personalismos deprimentes, sem pruridos de conquista a poderes terrestres transitórios.
Allan Kardec nos estudos, nas cogitações, nas atividades, nas obras, a fim de que a nossa fé não se faça hipnose, pela qual o domínio da sombra se estabelece sobre as mentes mais fracas, acorrentando-as a séculos de ilusão e sofrimento.
Seja Allan Kardec, não apenas crido ou sentido, apregoado ou manifestado, a nossa bandeira, mas suficientemente vivido, sofrido, chorado e realizado em nossas próprias vidas. Sem essa base é difícil forjar o caráter espírita-cristão que o mundo conturbado espera de nós pela unificação.
Amor de Jesus sobre todos, verdade de Kardec para todos.
Bezerra de Menezes (Trechos da mensagem “Unificação”, Psic. F.C.Xavier – Reformador, dez/1975)
FONTE: CEI - Conselho Espírita Internacional.

"Um dos maiores obstáculos capazes de retardar a propagação da Doutrina seria a falta de unidade. O único meio de evitá-la, senão quanto ao presente, pelo menos quanto ao futuro, é formulá-la em todas as suas partes e até nos mais mínimos detalhes, com tanta precisão e clareza, que impossível se torne qualquer interpretação divergente." ALLAN KARDEC, Obras Póstumas, Projeto 1868.
-----------------------------------------------
15. ESPIRITISMO E O FUTURO:
Somente o Espiritismo, bem entendido e bem compreendido, pode tornar-se, conforme disseram os Espíritos, a grande alavanca da transformação da Humanidade. A experiência deve esclarecer-nos sobre o caminho a seguir. Mostrando-nos os inconvenientes do passado, ela nos diz clara mente que o único meio de serem evitados no futuro consiste em assentar o Espiritismo sobre as bases sólidas de uma doutrina positiva que nada deixe ao arbítrio das interpretações. As dissidências que possam surgir se fundirão por si mesmas na unidade principal que se estabeleceria sobre as bases mais racionais, desde que essas bases sejam clara e não vagamente definidas. Também ressalta destas considerações que essa marcha, dirigida com prudência, representa o mais poderoso meio de luta contra os antagonistas da Doutrina Espírita. Todos os sofismas quebrar-se-ão de encontro a princípios aos quais a sã razão nada acharia para opor." ALLAN KARDEC, Obras Póstumas, Projeto 1868.

"Para que a doutrina da vida futura doravante dê os frutos que se devem esperar, é preciso, antes de tudo, que satisfaça completamente à razão; que corresponda à idéia que se faz da sabedoria, da justiça e da bondade de Deus; que não possa ser desmentida de modo algum pela Ciência. É preciso que a vida futura não deixe no espírito nem dúvida, nem incerteza; que seja tão positiva quanto a vida presente, que é a sua continuação, do mesmo modo que o amanhã é a continuação do dia anterior. É necessário seja vista, compreendida e, por assim dizer, tocada com o dedo. Faz-se mister, enfim, que seja evidente a solidariedade entre o passado, o presente e o futuro, através das diversas existências.
Tal a idéia que da vida futura apresenta o Espiritismo, O que a essa idéia dá força é que ela absolutamente não é uma concepção humana com o mérito apenas de ser mais racional, sem contudo oferecer mais certeza do que as outras. Ë o resultado de estudos feitos sobre os testemunhos oferecidos por Espíritos de dife¬rentes categorias, nas suas manifestações, que permitiram se explorasse a vida extracorpórea em todas as suas fases, desde o extremo superior ao extremo inferior da escala dos seres. As peripécias da vida futura, por conseguinte, já não constituem uma simples teoria, ou uma hipótese mais ou menos provável: decorrem de observações. São os habitantes do mundo invisível que vêm, eles próprios, descrever os seus respectivos estados e há situações que a mais fecunda imaginação não conceberia, se não fossem patenteadas aos olhos do observador.
Ministrando a prova material da existência e da imortalidade da alma, iniciando-nos em os mistérios do nascimento, da morte, da vida futura, da vida universal, tornando-nos palpáveis as inevitáveis conseqüências do bem e do mal, a Doutrina Espírita, melhor do que qualquer outra, põe em relevo a necessidade da melhoria individual. Por meio dela, sabe o homem donde vem, para onde vai, por que está na Terra; o bem tem um objetivo, uma utilidade prática. Ela não se limita a preparar o homem para o futuro, forma-o também para o presente, para a sociedade. Melhorando-se moralmente, os homens prepararão na Terra o reinado da paz e da fraternidade.
A Doutrina Espírita é assim o mais poderoso elemento de moralização, por se dirigir simultaneamente ao coração, à inteligência e ao interesse pessoal bem compreendido." ALLAN KARDEC, Obras Póstumas, CREDO ESPÍRITA - Preâmbulo.

FUTURO DO ESPIRITISMO - "O Espiritismo é chamado a desempenhar imenso papel na Terra. Ele reformará a legislação ainda tão freqüentemente contrária às leis divinas; retificará os erros da História; restaurará a religião do Cristo, que se tornou, nas mãos dos padres, objeto de comércio e de tráfico vil; instituirá a verdadeira religião, a religião natural, a que parte do coração e vai diretamente a Deus, sem se deter nas franjas de uma sotaina, ou nos degraus de um altar. Extinguirá para sempre o ateísmo e o materialismo, aos quais alguns homens foram levados pelos incessantes abusos dos que se dizem ministros de Deus, pregam a caridade com uma espada em cada mão, sacrificam às suas ambições e ao espírito de dominação os mais sagrados direitos da Humanidade." OBRAS PÓSTUMAS, 15 de abril de 1860, Marselha; médium: Sr. Jorge Genouiflat; Comunicação transmitida pelo Sr. Brion Dorgeval.

«O Espiritismo, avançando com o progresso, jamais será ultrapassado, porque, se novas descobertas lhe demonstrarem que está em erro acerca de um ponto, ele se modificará nesse ponto; se uma verdade nova se revelar, ele a aceitará.» ALLAN KARDEC (A Gênese, cap. 1 — Caráter da Revelação Espírita.)

"O Espiritismo, na sua missão de Consolador, é o amparo do mundo neste século de declives da sua História; só ele pode, na sua feição de Cristianismo redivivo, salvar as religiões que se apagam entre os choques da força e da ambição, do egoísmo e do domínio, apontando ao homem os seus verdadeiros caminhos.
No seu manancial de esclarecimentos, poder-se-á beber a linfa cristalina das verdades consoladoras do Céu, preparando-se as almas para a nova era.
São chegados os tempos em que as forças do mal serão compelidas a abandonar as suas derradeiras posições de domínio nos ambientes terrestres, e os seus últimos triunfos são bem o penhor de uma reação temerária e infeliz, apressando a realização dos vaticínios sombrios que pesam sobre o seu império perecível.
Ditadores, exércitos, hegemonias econômicas, massas versáteis e inconscientes, guerras inglórias, organizações seculares, passarão com a vertigem de um pesadelo.
A vitória da força é uma claridade de fogos de artifício.
Toda a realidade é a do Espírito e toda a paz é a do entendimento do reino de Deus e de sua justiça.
O século que passa efetuará a divisão das ovelhas do imenso rebanho. O cajado do pastor conduzirá o sofrimento na tarefa penosa da escolha e a dor se incumbirá do trabalho que os homens não aceitaram por amor.
Uma tempestade de amarguras varrerá toda a Terra. Os filhos da Jerusalém de todos os séculos devem chorar, contemplando essas chuvas de lágrimas e de sangue que rebentarão das nuvens pesadas de suas consciências enegrecidas.
Condenada pelas sentenças irrevogáveis de seus erros sociais e políticos, a superioridade européia desaparecerá para sempre, como o Império Romano, entregando à América o fruto das suas experiências, com vistas à civilização do porvir.
Vive-se agora, na Terra, um crepúsculo, ao qual sucederá profunda noite; e ao século 20 compete a missão do desfecho desses acontecimentos espantosos.
Todavia, os operários humildes do Cristo ouçamos a sua voz no âmago de nossa alma:
"Bem-aventurados os pobres, porque o reino de Deus lhes pertence!
Bem-aventurados os que têm fome de justiça, porque serão saciados!
Bem-aventurados os aflitos, porque chegará o dia da consolação! Bem-aventurados os pacíficos, porque irão a Deus!"
Sim, porque depois da treva surgirá uma nova aurora. Luzes consoladoras envolverão todo o orbe regenerado no batismo do sofrimento. O homem espiritual estará unido ao homem físico para a sua marcha gloriosa no Ilimitado, e o Espiritismo terá retirado dos seus escombros materiais a alma divina das religiões, que os homens perverteram, ligando-as no abraço acolhedor do Cristianismo restaurado.
Trabalhemos por Jesus, ainda que a nossa oficina esteja localizada no deserto das consciências.
Todos somos dos chamados ao grande labor e o nosso mais sublime dever é responder aos apelos do Escolhido.
Revendo os quadros da História do mundo, sentimos um frio cortante neste crepúsculo doloroso da civilização ocidental. Lembremos a misericórdia do Pai e façamos as nossas preces. A noite não tarda e, no bojo de suas sombras compactas, não nos esqueçamos de Jesus, cuja misericórdia infinita, como sempre, será a claridade imortal da alvorada futura, feita de paz, de fraternidade e de redenção. EMMANUEL, "A Caminho da Luz", final)

PÁGINAS DE ALLAN KARDEC NO SITE (RING MODE)

http://www.institutoandreluiz.org/

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Sentimento


Amigos.
Em nossas relações com o Senhor, com os nossos Semelhantes, com a Vida e com a Natureza, é importante lembrar que a nossa própria alma produz os modelos sutis que nos orientam as atividades de cada dia.
Tanto quanto a segurança de um edifício corresponde ao projeto a que se subordina, o êxito ou o fracasso em nossos menores empreendimentos correspondem à nossa atitude espiritual.
Sabemos em fotografia que o clichê é a imagem negativa obtida na câmara escura, do qual podemos extrair inumeráveis provas positivas. Assim também o pensamento é a matriz que compomos na intimidade do ser, com a qual é possível criar infinitas manifestações de nossa individualidade.
Mas a formação do clichê depende da película sensível que, em nosso caso, é o sentimento antecedendo-nos toda e qualquer elaboração de ordem mental.
É imprescindível, dessa forma, melhorar sempre e cada vez mais as nossas aquisições de fraternidade, entendimento e simpatia.
A estrela é conhecida pela luz que desprende de si mesma.
A presença da flor é denunciada pelo perfume que lhe é característico.
A criatura é identificada pelas irradiações que projeta.
Sorvemos idéias, assimilamos idéias e exteriorizamos idéias todos os dias.
É imperioso, assim, em nosso intercâmbio uns com os outros, observar os nossos estados sentimentais nas bases de nossas reflexões e raciocínios, como origens de nossa vitória ou de nossa derrota no campo de luta vulgar.
Ilustrando-nos a conceituação despretensiosa, evoque¬mos a natureza para simbolizar alguns de nossos sentimentos e clarear, tanto quanto possível, a lição que a experiência nos oferece.
O ódio é comparável à hiena, espalhando terror e morte.
A inveja é semelhante à serpente que rasteja, emitindo raios de venenoso magnetismo.
O ciúme parece um lobo famulento, estendendo aflição e desconfiança.
A agressividade assemelha-se ao ouriço, arremessando espinhos na direção daqueles que lhe respiram a presença.
O amor é comparável ao sol que aquece e ilumina.
A compreensão copia a fonte amiga.
A tolerância fraterna é qual árvore que serve e ajuda sempre.
A gentileza é irmã da música construtiva, desdobran¬do consolações e mitigando o infortúnio.
O sentimento elevado gera o pensamento elevado e o pensamento elevado garante a elevação da existência.
Sintamos bem, para bem refletir, assegurando o bem na estrada que fomos convidados a percorrer.
Em verdade, o pensamento é a causa da ação, mas o sentimento é o molde vibrátil em que o pensamento e a causa se formam.
Sentindo, modelamos a idéia.
Pensando, criamos o destino.
Atendamos à higiene mental, entretanto não nos esqueçamos de que a casa, por mais brilhante e por mais limpa, não viverá feliz sem alimento. E a bondade é o pão das almas.
Em razão disso, recomendou-nos o Divino Mestre, em sua lição imperecível: — «Amai-vos uns aos outros como eu vos amei.»

AULUS*
Instruções Psicofôncias - FCXavier

* Trata-se do benfeitor espiritual a que se refere André Luiz em seu livro “Nos Domínios da Mediunidade”.

Escrito por Instituto André Luiz

Marcadores

Arquivo do blog