Leia as mensagens com o coração e reflita . Que elas possam fazer o bem a pelo menos uma pessoa que por aqui passar.

Jesus o Grande Mestre.

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domingo, 29 de setembro de 2013

Amigo Ingrato


Causa-te surpresa o fato de ser o teu acusador de agora, o amigo aturdido de ontem, que um dia pediu-te abrigo ao coração gentil e ora não te concede ensejo, sequer, para esclarecimentos. Despertas, espantado, ante a relação de impiedosas queixas que guardava de ti, ele que recebeu, dos teus lábios e da tua paciência, as excelentes lições de bondade e de sabedoria, com as quais cresceu emocional e culturalmente.
Percebes, acabrunhado, que as tuas palavras foram, pelo teu amigo, transformadas em relhos com os quais, neste momento, te rasga as carnes da alma, ele, que sempre se refugiou no teu conforto moral. Reprocha-te a conduta, o companheiro que recebeste com carinho, sustentando-lhe a fragilidade e contornando as suas reações de temperamento agressivo.
Tornou-se, de um para outro momento, dono da verdade e chama-te mentiroso.
Ofereceste-lhe licor estimulante e recebes vinagre de volta.
Doaste-lhe coragem para a luta, e retribui-te com o desânimo para que fracasses.
Ele pretende as estrelas e empurra-te para o pântano.
Repleta-se de amor e descarrega bílis na tua memória, ameaçando-te sem palavras. Não te desalentes! O mundo é impermanente. O afeto de hoje torna-se o adversário de amanhã.
As mãos que perfumas e beijas, serão, talvez, as que te esbofetearão, carregadas de urze.
Há mais crucificadores do que solidários na via de redenção. Esquecem-se, os homens, do bem recebido, transformando-se em cobradores cruéis, sem possuírem qualquer crédito.
Talvez o teu amigo te inveje a paz, a irrestrita confiança em Deus, e, por isto, quer perturbar-te. Persevera, tranqüilo! Ele e isto, esta provação, passarão logo, menos o que és, o que faças.
Se erraste, e ele te azorraga, alegra-te, e resgata o teu equívoco. Se estás inocente, credita-lhe as tuas dores atuais, que te aprimoram e te aproximam de Deus. Não lhe guardes rancor.
Recorda que foi um amigo, quem traiu e acusou Jesus; outro amigo negou-O, três vezes consecutivas, e os demais amigos fugiram Dele.
Quase todos O abandonaram e O censuraram, tributando-Lhe a responsabilidade pelo medo e pelas dores que passaram a experimentar. Todavia, Ele não os censurou, não os abandonou e voltou a buscá-los, inspirá-los e conduzi-los de volta ao reino de Deus, por amá-los em demasia.
Assim, não te permitas afligir, nem perturbar pelas acusações do teu amigo, que está enfermo e não sabe, porque a ingratidão, a impiedade e a indiferença são psicopatologias muito graves no organismo social e humano da Terra dos nossos dias.

  Divaldo Pereira.Franco Ditado pelo
Espírito Joanna de Ângelis.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Últimas vontades


Você já se deu conta de que, de modo geral, costumamos doar nossos bens, somente após a morte? Naturalmente, isto equivale a dizer que legamos nosso patrimônio a parentes próximos ou distantes, registrando em testamento as nossas vontades.
Estabelecemos divisões eqüitativas ou não, dispondo de bens móveis e imóveis, jóias, títulos financeiros, cédulas e moedas, em favor dos que permanecem na carne.
Alguns de nós, mesmo nessas disposições últimas, impomos condições aos herdeiros a fim de que possam colocar as mãos no que lhes legamos.
Registramos desejos absurdos que retratam, em síntese, que mesmo partindo para a vida espiritual, pretendemos prosseguir a comandar vidas alheias, graças aos legados que lhes dizemos doar.
Por vezes, vamos ao ponto de determinar o que os herdeiros deverão fazer com os valores que lhes dispensamos.
Colocamos cláusulas testamentárias estabelecendo que certas porcentagens sejam direcionadas à prática da caridade, de forma direta ou através de instituições.
Nesse caso, convenhamos, se somos cristãos sabemos que é nosso dever atender o irmão sofredor, o quanto antes, e por nós mesmos.
Pois que Jesus nos ensinou que mais importante do que dar é dar-se. Igualmente temos consciência de que o bem só tem valor real quando parte do coração e ao coração se dirige.
O que quer dizer que distribuição do que quer que seja, por imposição, não trará jamais o selo do amor e da doação espontânea.
Temos a pensar ainda que, se durante os anos de nossa vida, não nos esmeramos em exemplificar a caridade, se não nos preocupamos em ensinar aos filhos, netos, sobrinhos, ou quem quer que seja, o verdadeiro sentido da caridade, como pretendermos que eles a pratiquem, sob dispositivo de cláusula testamentária? Cumpre-nos revisar nossa postura perante a vida.
Primeiro, iniciando a partilha do que excede em nossos armários, sejam roupas, calçados, alimentos, livros, etc.
Segundo, educando aqueles por quem somos responsáveis, à meridiana luz do verdadeiro Cristianismo. Tudo isso, enquanto é tempo, enquanto estamos a caminho, enquanto a lucidez nos comanda o raciocínio. Repartir o pão do corpo e da alma, distribuir o de que disponhamos, em favor do nosso irmão, é medida que prescreve o Cristianismo, desde os versos primeiros da Boa Nova.

                                   * * *
 Você sabia que os recursos amoedados devem sempre ser entendidos como meios e não como meta em nossas vidas? E que na Terra, as coisas têm o valor que lhes damos? Entre outras, o dinheiro tem o peso exato que lhe oferecemos.

 Redação do Momento Espírita,
com frases finais baseadas no verbete Dinheiro, do livro Repositório de sabedoria, v.1,
pelo Espírito Joanna de Ângelis,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal. Em 27.08.2008.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

A Presença do Amor


O amor - alma da vida - é o hálito divino a espraiar-se em toda parte, manifestando a Paternidade de Deus. Onde quer que se expresse, imanta quantos se lhe acercam, modificando a estrutura e a realidade para melhor. No amor se encontram todas as motivações para o progresso, emulando ao avanço, na libertação dos atavismos que, por enquanto, predominam na natureza humana. Por não se identificar com o amor na sua realização incessante, a criatura posterga a conquista dos valores que a alçam à paz e a engrandecem. Sem o amor se entorpecem os sentimentos, e a marcha da sensação para a emoção torna-se lenta e difícil. Em qualquer circunstância o amor é sempre o grande divisor de águas. Vivendo-o, Jesus modificou os conceitos então vigentes, iniciando a Era do Espírito Imortal, que melhor expressa todas as conquistas do pensamento. Se te encontras sob a alça de mira de injunções dolorosas, sofrendo incompreensões e dificuldades nos teus mais nobres ideais, não te abatas, ama. A noite tempestuosa e sombria não impede que as estrelas brilhem acima das nuvens borrascosas. Se o julgamento descaridoso te perturba os planos de serviço, intentando descoroçoar-te, mediante o ridículo que te imponham, mesmo assim, ama. O sarçal aparentemente amaldiçoado, no momento oportuno abre-se em flor. Se defrontas a enfermidade sorrateira que intenta dominar as tuas forças, isolando-te no leito da imobilidade e reduzindo as tuas energias, renova-te na prece e ama. O deserto de hoje foi berço generoso de vida e pode, de um momento para outro, sob carinhoso tratamento, reverdecer-se e florir. O amor é bênção de que dispões em todos os dias da tua vida para avançares e conquistares espaços no rumo da evolução. Não te canses de amar, sejam quais forem as circunstâncias por mais ásperas se te apresentem. A Doutrina de Jesus, ora renascida no pensamento espírita, é um hino-ação de amor, assinalando a marcha do futuro através das luzes da razão unida à fé em consórcio de legítimo amor.

 Joanna de Ângelis Por Divaldo P. Franco

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Arte e Ciência de Ajudar


 Ninguém está seguro de nada, enquanto se encontra na Terra. A roda das ocorrências não para.
Quem hoje está no alto, amanhã terá mudado de lugar e vice-versa. E não é só por isso.
Quem aprende a abrir a mão em solidariedade, termina por abrir o coração em amor. Dá o primeiro passo, o mais difícil. Repete-o, treina os sentimentos e te adaptarás à arte e ciência de ajudar. Há quem diga que os infelizes de hoje estão espiando os erros de ontem, na injunção de carmas dolorosos. Ajudá-los, seria impedir que os resgatassem.
É correto que a dor de agora procede de equívocos anteriores, porém, a indiferença dos enregelados, por sua vez, está lhes criando situações penosas para mais tarde.
Transforma o fogo devorador que te consome em força que produza para o benefício geral. Uma chispa descuidada teia incêndio voraz, destruidor, enquanto as labaredas voluptuosas, sob controle, fundem e purificam os metais para fins úteis.
Considera a paixão de Alarico, o conquistador imperioso, e a
de Agostinho, o libertador, seu contemporâneo...
Recorda a paixão de Nero, o dominador arbitrário e a de Sêneca, seu mestre - escravo, a quem ele mandou matar.
 A paixão de Herodes pelo trono e a de Jesus pela Verdade possuíam a mesma intensidade, somente que a canalização das suas forças era dirigida em sentidos opostos.

 Joanna de Ângelis

Momentos de Meditação

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Anjos Guardiães

 

Os anjos guardiães são embaixadores de Deus, mantendo acesa a chama da fé nos corações e auxiliando os enfraquecidos na luta terrestre.

Quais estrelas formosas, iluminam as noites das almas e atendem-lhes as necessidades com unção e devotamento inigualáveis.

Perseveram ao lado dos seus tutelados em toda circunstância, jamais se impacientando ou os abandonando, mesmo quando eles, em desequilíbrio, vociferam e atiram-se aos despenhadeiros da alucinação.

Vigilantes, utilizam-se de cada ensejo para instruir e educar, orientando com segurança na marcha de ascensão.

Envolvem os pupilos em ternura incomum, mas não anuem com seus erros, admoestando com severidade quando necessário, a fim de lhes criarem hábitos saudáveis e conduta moral correta.

São sábios e evoluídos, encontrando-se em perfeita sintonia com o pensamento divino, que buscam transmitir, de modo que as criaturas se integrem psiquicamente na harmonia geral que vige no Cosmo.

Trabalham infatigavelmente pelo Bem, no qual confiam com absoluta fidelidade, infundindo coragem àqueles que protegem, mantendo a assistência em qualquer circunstância, na glória ou no fracasso, nos momentos de elevação moral e naqueloutros de perturbação e vulgaridade.

Nunca censuram, porque a sua é a missão de edificar as almas no amor, preservando o livre-arbítrio de cada uma, levantando-as após a queda, e permanecendo leais até que alcancem a meta da sua evolução.

Os anjos guardiães são lições vivas de amor, que nunca se cansam, porquanto aplicam milênios do tempo terrestre auxiliando aqueles que lhes são confiados, sem se imporem nem lhes entorpecerem a liberdade de escolha.

Constituem a casta dos Espíritos Nobres que cooperam para o progresso da humanidade e da Terra, trabalhando com afinco para alcançar as metas que anelam.

Cada criatura, no mundo, encontra-se vinculada a um anjo guardião, em quem pode e deve buscar inspiração, auscultando-o e deixando-se por ele conduzir em nome da Consciência Cósmica.

Tem cuidado para que te não afastes psiquicamente do teu anjo guardião.

Ele jamais se aparta do seu protegido, mas este, por presunção ou ignorância, rompe os laços de ligação emocional e mental, debandando da rota libertadora.

Quando erres e experimentes a solidão, refaze o passo e busca-o pelo pensamento em oração, partindo de imediato para a ação edificante.

Quando alcances as cumeadas do êxito, recorda-o, feliz com o teu sucesso, no entanto preservando-te do orgulho, dos perigos das facilidades terrestres.

Na enfermidade, procura ouvi-lo interiormente sugerindo-te bom ânimo e equilíbrio.

Na saúde, mantém o intercâmbio, canalizando tuas forças para as atividades enobrecedoras.

Muitas vezes sentirás a tentação de desvairar, mudando de rumo. Mantém-te atento e supera a maléfica inspiração.

O teu anjo guardião não poderá impedir que os Espíritos perturbadores se acerquem de ti, especialmente se atraídos pelos teus pensamentos e atos, em razão do teu passado, ou invejando as tuas realizações... Todavia te induzirão ao amor, a fim de que te eleves e os ajudes, afastando-os do mal em que se comprazem.

O teu anjo guardião é o teu mestre e amigo mais próximo.

Imana-te a ele.

Entre eles, os anjos guardiães e Deus, encontra-se Jesus, o Guia perfeito da humanidade.

Medita nas Suas lições e busca seguir-Lhe as diretrizes, a fim de que o teu anjo guardião te conduza ao aprisco que Jesus levará ao Pai Amoroso.


Autor: Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Franco

Deus Sempre


 
 Por mais terrível se te apresente a
situação, segue adiante, sem
desfalecimento.

O desânimo é inimigo sutil que inutiliza
os mais belos empreendimentos da vida.

Se os amigos te abandonaram ante os
insucessos econômicos ou afetivos que
te chegaram; se os parentes e afetos
resolveram afastar-se por motivos que
desconheces; se tudo te empurra ao limite
estreito da solidão, recompõe-te
intimamente e espera.

É provável que te sintas a sós, e que,
aparentemente, estejas sem companhia.
Isto, porém, não é uma realidade
espiritual, mas o reflexo do momentâneo
estado de alma que te assalta.

Nunca estás sozinho. Fazendo parte
integrante da Criação, ela está em ti,
quanto nela te encontras.

No lugar onde estejas, Deus está
contigo: no lar, no trabalho, no
espairecimento, no repouso, na doença,
na saúde, nele haurindo consolo e forças
para prosseguires nos misteres a que
te vinculas.

Somente te sentirás a sós, se deixares
de preservar o vínculo consciente com
o Seu amor. Mesmo assim, Ele permanecerá
contigo.

Estás unido a toda a Humanidade. Vão-se
umas pessoas. Outras chegam. Não te
amargures com as que partem. Não te
entusiasmes com as que chegam.

As criaturas passam como veículos
vivos: têm um destino e não as podes
deter.

Compreendendo esse impositivo, faze-te
amigo e irmão de quem encontres no
caminho, não o retendo ao teu lado, nem
te fixando no dele. Ajuda-o e segue.

Só Deus, porém, é sempre o constante
companheiro. Por isso, nunca te
permitas sentir solidão.


Autor: Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Franco. Filho de Deus

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Desejo e Prazer

 
O desejo, que leva ao prazer, pode originar-se no instinto, em forma de necessidade violenta e insopitável, tornando-se um impulso que se sobrepõe à razão, predominando na natureza humana, quando ainda primitiva na sua forma de expressão. Nesse caso, torna-se imperioso, devorador e incessante. Sem o controle da razão, desarticula os equipamentos delicados da emoção e conduz ao desajuste comportamental.

Como sede implacável, não se sacia, porque é devoradora, mantendo-se a nível de sensação periférica na área dos sentimentos que se não deixam de todo dominar

É voraz e tormentoso, especialmente na área genésica, expressando-se como erotismo, busca sexual para o gozo.

Em esfera mais elevada, torna-se sentimento, graças à conquista de algum ideal, alguma aspiração, an­seio por alcançar metas agradáveis e desafiadoras, propensão à realização enobrecedora.

Dir-se-á que as duas formas confundem-se em uma única, o que, para nós, tem sentido diferente, quando examinamos a função sexual e o desejo do belo, do nobre, do harmonioso, em comparação àquele de natureza orgânica, erótica, de compensação imediata até nova e tormentosa busca.

O desejo impõe-se como fenômeno biológico, ético e estético, necessitando ser bem administrado em um como noutro caso, a fim de se tornar motivação para o crescimento psicológico e espiritual do ser humano.

É natural, portanto, a busca do prazer, esse desejo interior de conseguir o gozo, o bem-estar, que se ex­pressa após a conquista da meta em pauta.

Por sua vez, o prazer é incontrolável, assim como não administrável pela criatura humana.

Goethe afirmava que ele constituía uma verdadeira dádiva de Deus para todos quantos se identificam com a vida e que se alegram com o esplendor e a beleza que ela revela. A vida, em conseqüência, retribui-o através do amor e da graça.

O prazer se apresenta sob vários aspectos: orgânico, emocional, intelectual, espiritual, sendo, ora físico, material, e noutros momentos de natureza abstrata, estético, efêmero ou duradouro, mas que deve ser registrado fortemente no psiquismo, para que a existência humana expresse o seu significado.

O prazer depende, não raro, de como seja considerado. Aquilo que é bom, genericamente dá prazer, abrindo espaço para o medo da perda, das faltas, ou para as situações em que pode gerar danos, auxiliando na queda do indivíduo em calabouços de aflição.

Muitas pessoas consideram o prazer apenas como sendo expressão da lascívia, e se olvidam daquele que decorre dos ideais conquistados, da beleza que se expande em toda parte e pode ser contemplada, das inefáveis alegrias do sentimento afetuoso, sem posse, sem exigência, sem o condicionamento carnal.

Por uma herança atávica, grande número de pessoas tem medo do prazer, da felicidade, por associá-lo ao pecado, à falta de mérito, que se tornaria uma dívida a resgatar, ensejando à desgraça vir-lhe empós, ou, talvez, como sendo uma tentação diabólica para retirar a alma do caminho do bem.

Tal castração punitiva, que se prolongou por muitos séculos, ao ser vencida deixou uma certa consciência de culpa, que liberada, vem conduzindo uma verdadeira legião de gozadores ao desequilíbrio, ao abuso, ao extremo das aberrações.

Como efeito secundário, ainda existem muitas pessoas que temem o prazer ou que procuram dissimulá-­lo, envolvendo-o em roupagens variadas de desculpismos, para acalmar seus conflitos subjacentes.

Acentuamos, porém, que o prazer é uma força criadora, predominante em tudo e em todos, responsável pela personalidade, mesmo pela esperança. Muitas vezes, é confundido com o desejo de tudo possuir, a fim de desfrutar, mais tarde, da cornucópia carregada de todos os gozos, preferentemente o de natureza sexual.

Wilhelm Reich, o eminente autor da Bioenergética, centrou, no prazer, todas as buscas e aspirações humanas, considerando que a pessoa é somente o seu corpo, e que este é constituído por um sistema energético, que deve ser trabalhado, sempre que a couraça bloqueie a emoção, propondo como terapia a Teoria dos Anéis, a fim de, através da sua aplicação nas couraças corres­pondentes, poder liberar a emoção encarcerada.

Tendo, no corpo somente, a razão de ser da vida, Reich tornou-se apologista do prazer carnal, sensual, capaz de levar ao estado de felicidade psicológica, emocional.

A natureza espiritual do ser humano, no entanto, não mereceu qualquer referencial de Reich, assim como de outros estudiosos do comportamento e da criatura em si mesma, na sua complexidade, ficando em plano secundário.

Desse modo, o desejo e o prazer se transformam em alavancas que promovem o indivíduo ou abismos que o devoram.

A essência da vida corporal, no entanto, é a conquista de si mesmo, a luta bem direcionada para que se consiga a vitória do Self, a sua harmonia, e não apenas o gozo breve, que se transfere de um estágio para outro, sempre mais ansioso e perturbador.


Joanna de Ângelis Por Divaldo P. Franco
Livro: Amor, Imbatível Amor

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Anjos Guardiões

Os anjos guardiães são embaixadores de Deus, mantendo acesa a chama da fé nos corações e auxiliando os enfraquecidos na luta terrestre.
  Quais estrelas formosas, iluminam as noites das almas e atendem-lhes as necessidades com unção e devotamento inigualáveis.
Perseveram ao lado dos seus tutelados em toda circunstância, jamais se impacientando ou os abandonando, mesmo quando eles, em desequilíbrio, vociferam e atiram-se aos despenhadeiros da alucinação.
Vigilantes, utilizam-se de cada ensejo para instruir e educar, orientando com segurança na marcha de ascensão.
  Envolvem os pupilos em ternura incomum, mas não anuem com seus erros, admoestando com severidade quando necessário, a fim de lhes criarem hábitos saudáveis e conduta moral correta.
  São sábios e evoluídos, encontrando-se em perfeita sintonia com o pensamento divino, que buscam transmitir, de modo que as criaturas se integrem psiquicamente na harmonia geral que vige no Cosmo. Trabalham infatigavelmente pelo Bem, no qual confiam com absoluta fidelidade, infundindo coragem àqueles que protegem, mantendo a assistência em qualquer circunstância, na glória ou no fracasso, nos momentos de elevação moral e naqueloutros de perturbação e vulgaridade.
Nunca censuram, porque a sua é a missão de edificar as almas no amor, preservando o livre-arbítrio de cada uma, levantando-as após a queda, e permanecendo leais até que alcancem a meta da sua evolução. Os anjos guardiães são lições vivas de amor, que nunca se cansam, porquanto aplicam milênios do tempo terrestre auxiliando aqueles que lhes são confiados, sem se imporem nem lhes entorpecerem a liberdade de escolha.
Constituem a casta dos Espíritos Nobres que cooperam para o progresso da humanidade e da Terra, trabalhando com afinco para alcançar as metas que anelam.
Cada criatura, no mundo, encontra-se vinculada a um anjo guardião, em quem pode e deve buscar inspiração, auscultando-o e deixando-se por ele conduzir em nome da Consciência Cósmica.
  Tem cuidado para que te não afastes psiquicamente do teu anjo guardião. Ele jamais se aparta do seu protegido, mas este, por presunção ou ignorância, rompe os laços de ligação emocional e mental, debandando da rota libertadora.
Quando erres e experimentes a solidão, refaze o passo e busca-o pelo pensamento em oração, partindo de imediato para a ação edificante.
  Quando alcances as cumeadas do êxito, recorda-o, feliz com o teu sucesso, no entanto preservando-te do orgulho, dos perigos das facilidades terrestres.
Na enfermidade, procura ouvi-lo interiormente sugerindo-te bom ânimo e equilíbrio.
Na saúde, mantém o intercâmbio, canalizando tuas forças para as atividades enobrecedoras.
  Muitas vezes sentirás a tentação de desvairar, mudando de rumo.
 Mantém-te atento e supera a maléfica inspiração.
  O teu anjo guardião não poderá impedir que os Espíritos perturbadores se acerquem de ti, especialmente se atraídos pelos teus pensamentos e atos, em razão do teu passado, ou invejando as tuas realizações... Todavia te induzirão ao amor, a fim de que te eleves e os ajudes, afastando-os do mal em que se comprazem.
O teu anjo guardião é o teu mestre e amigo mais próximo.
Imana-te a ele.
  Entre eles, os anjos guardiães e Deus, encontra-se Jesus, o Guia perfeito da humanidade.
Medita nas Suas lições e busca seguir-Lhe as diretrizes, a fim de que o teu anjo guardião te conduza ao aprisco que Jesus levará ao Pai Amoroso.

Joanna de Ângelis


Psicografia de Divaldo P. Franco - Momentos Enriquecedores

A Mensagem

O Espiritismo é Jesus de volta!
Deixem-no impregnar o âmago dos seus sentimentos.
Abraçamos espaço para que Ele tome conta de nós e um dia possamos dizer:
Senhor, já não sou eu quem vive, és tu,que vives dentro de mim.
E´ verdade! O mundo está muito agressivo.
As dificuldades e os desafios estiolam os nossos sentimentos.
Momentos há que nós estamos tão aturdidos, tão exauridos, que não temos para onde fugir. A única alternativa é Jesus.
Busca-Lo nos momentos amaríssimos é a solução para os problemas gravíssimos do nosso comportamento.
Aceitar, com resignação dinâmica, as dores, as vicissitudes, é a proposta que Ele nos faz, porque fora disso não há salvação.
Meus irmãos espíritas e não espíritas! Amemos juntos.
Sejamos aqueles que disputamos a honra de servir.
Que tenhamos a glória de ajudar.
No tumulto, sejamos a paz.
Na ira, a tranqüilidade.
Na agressão, a concórdia.
Jesus confia em nós.
Jesus precisa de nós, tanto quanto necessitamos dEle.
Nós falamos-Dele através da oração e Ele responde-nos por intermédio da inspiração.
Ele socorre a criatura humana através de outra criatura humana.
Que sejamos aquele a quem Ele elege para o socorro.
Digamos ao mundo que vale a pena amar, e demonstremos ao mundo que amando somos infinitamente felizes.
Mantenham-se em paz! Essa paz que somente Ele pode dar.
A única paz que vem de dentro para fora e inunda a vida de realizações plenificadoras.
Vão em paz, semeadores do futuro, construindo a era do Espírito imortal.
Que o Senhor nos abençoe e fique conosco.
São os nossos votos de companheiros espíritas, que ultrapassamos a tumba e continuamos a viver. Muita paz!


Joanna de Ângelis

Mensagem psicofônica recebida por Divaldo Franco,
por ocasião do encerramento do seu seminário,
em 25/03/2000 Mundo Espírita – Abril de 2000

domingo, 6 de maio de 2012

Lamentações

 
Aglutinam-se na massa humana as pessoas desesperadas.

Uma vaga de aflição paira ameaçadora no mundo, carregando os inquietos que perderam a direção de si mesmos, vitimados pelas circunstâncias dolorosas do momento.

A insânia conduz expressivo número de criaturas que estertoram ao sabor do sofrimento, buscando fugir da realidade dos problemas, com a aparência voluptuosa de triunfadores nos patamares dos prazeres alucinantes.

A desordem campeia, e ameaças desumanas transformam-se em torpe conduta nos países do mundo, destroçados por guerras impiedosas em nome de religiões fanatizadoras, de raças asselvajadas, de interesses mesquinhos...

Os governantes da Terra perdem as rédeas da administração e negociam com organizações criminosas, estabelecendo colegiados políticos abomináveis.

  A corrupção adquire cidadania, e a imoralidade desfruta de status, perturbando os valores éticos e morais.

Nuvens borrascosas avolumam-se nos céus já escurecidos da humanidade. Tudo anuncia a chegada dos dias apocalípticos, convocando à razão, à renovação dos códigos, à interiorização espiritual.
                                        

Como conseqüência do período grave de transição, surgem o pessimismo, a desconfiança, as lamentações. De tal forma se vão arraigando no organismo individual e social, que os temas de conversação perdem os conteúdos ou se apresentam desconcertantes, caracterizados pelas sombras do desconforto, da mágoa, dos irrefreáveis desejos de vingança.

  A lamentação grassa e perturba as mentes, impedindo a ação corretora do bem, como se não adiantasse produzir com elevação, laborar com honradez.

Lamentar não é atitude saudável. Pelo contrário, produz deterioração dos conteúdos bons que ainda remanescem em muitas vidas e movimentam-nas, sustentando os ideais de engrandecimento humano.

  A lamentação, qual ocorre com a queixa sistemática, é morbo portador de destruição, de desalento e morte.

Antídoto aos males que infestam os dias atuais é ainda o amor, força única portadora de recursos salvadores.

Este é um ciclo que se encerra, dando início a outro, que se irradiará plentificador.

Os períodos de renovação fazem-se preceder por inumeráveis acontecimentos devastadores, nos mais diversos aspectos da natureza. O mesmo ocorre na área moral da humanidade.

  Assim, não te desalentes, nem duvides do triunfo do bem. Não fiques, porém, inativo, aguardando que forças atavias operem miraculosamente sem a tua contribuição.

És importante no contato atual face ao que pense e como ajas.

  Produze, portanto, com esforço bem direcionado, oferecendo o teu contributo valioso, por menos expressivo te pareça.

  Não cedas o passo aos aventureiros da desordem.

Permanece no teu lugar realizando o que podes, deves e te cabe fazer.

                                                                       *

  Multa falta fazem Jesus e Sua doutrina no mundo.

Fala-se sobre Ele, discute-se-Lhe a mensagem, mas não se vive o ensinamento que dela deflui.

Sê tu quem confia e faz o melhor.

Se cada cristão decidido resolvesse por viver Jesus, a paisagem atual se modificaria, e refloresceria a primavera no planeta em convulsão.

Assim sendo, ama e contribui em favor do progresso, sem lamentação de qualquer natureza, em paz e confiança.

                                                            

Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos Enriquecedores.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis. Salvador, BA: LEAL, 1994.

Marcados

Acerca-te dos vencidos para auxiliar. Não creias, porém, que eles sejam apenas os companheiros que tombaram na luta e se encontram caídos na estrada, tomados pelo desalento e o pessimismo.

Concentra a tua atenção e com os olhos do espírito surpreenderás muitos deles ao teu lado, guardando aparência robusta e provocando ruído para esconderem as marcas da infelicidade.

Todavia, é imprescindível amar para ajudar com eficiência.

Alguns são amigos assinalados por desastres e acidentes morais, que o ferrete da Lei divina atingiu, expungindo, recalcados, os pesados débitos...

  Outros são irmãos marcados por enfermidades cruéis, que lhes desorganizam o aparelho digestivo, desviando-lhes o tubo excretor...

Vários são companheiros vitimados por heranças físicas,, que os olhos do mundo não alcançam, guardadas em tecidos caros, recuperando o pretérito...

  Diversos são os corações solitários, que se reajustam aos impositivos de afeições angustiosas, renovando o panorama da mente enferma...

  Outros tantos são espíritos de procedências várias, perturbados por sinais vigorosos que os prostram, no silêncio, aniquilando-lhes a esperança...

Todos eles necessitam de ungüento para as marcas dolorosas, que funcionam como corretivos santificantes.

Quando os encontres, não os atormentes mais com indagações desnecessárias, ferindo-lhes as úlceras com estiletes de curiosidade negativa.

  Viajores do tempo, nas estações da Terra, possuímos nossos sinais e marcar que nos dilaceram as fibras íntimas.

  Antes que desfaleçam esses marcados, podes fazer algo em benefício deles. Mais tarde surgirá novo dia, oportunidade nova de caminhar e, embora sejas convidado a ajudar, orando, não poderás prever se, de um para outro momento, será convidado pela Lei a carregar mais vigorosa marca...


Franco Divaldo P.. Da obra: Messe de Amor.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.

domingo, 22 de abril de 2012

Um Desafio Chamado Família

Nestes tormentosos dias, em que as Instituições nobres, tais como o lar, a família, o matrimônio e outras, são consideradas decadentes pela alucinação que medra nos mais diversos segmentos da sociedade terrestre, torna-se tão urgente quão inadiável um esforço generalizado para serem restaurados os valores ético-morais, culturais e espirituais da Humanidade, que têm sofrido acirrados combates de extermínio.
O homem da tecnologia e da biônica, da cibernética e da física quântica, da engenharia genética e da biologia molecular, ensoberbecido pelas conquistas da inteligência derrapa, lamentavelmente, nos tormentos psicológicos característicos da perda da direção de si mesmo e dos objetivos essenciais da vida.
Fascinado pelas conquistas de fora, não se dá conta dos prejuízos internos que o consomem, por falta de estrutura emocional para suportar as pressões desencadeadas pelo fatores degenerativos por ele próprio gerados.
Nestes dias, há glórias do intelecto e aberrações do sentimento, aguardando orientação.
O Espiritismo chega, no momento próprio, para convidá-lo a uma revisão de conceitos, bem como a um aprofundamento consciente e sério da realidade de si mesmo, na condição de ser imortal que é, ao invés de apenas factótum orgânico, que ruma sem destino, perdido na própria incúria.
Preocupado, em seu tempo, com as futuras sociedades, esta que estamos experienciando, assim como aquela que logo mais surgirá, o insigne Codificador da Doutrina Espírita, considerando a problemática da velhice, no que diz respeito ao trabalho e ao repouso, considerou, com propriedade, que ..`.Há um elemento, que se não acostuma fazer pesar na balança, e sem a qual a ciência econômica não passa de simples teoria. Esse elemento é a EDUCAÇÃO, não a educação intelectual, mas a educação moral. Não nos referimos, porém, à educaçãomoral pelos livros, e sim à que consiste na ARTE DE FORMAR OS CARACTERES, à que INCUTE HÁBITOS, porquanto a EDUCAÇÃO É O CONJUNTO DOS HÁBITOS ADQUIRIDOS...
Mais adiante, prosseguindo com as suas reflexões profundas, comentou o nobre educador: A desordem e a imprvidência'>evidência são duas chagas que só uma educação bem entendida pode curar. Esse ponto de partida, o elemento real do bem-estar, o penhor da segurança de todos (*)
Tendo em vista o pensamento do eminente mestre de Lyon, saudamos neste livro " Um Desafio Chamado Família", uma proposta séria e oportuna para a construção da família dignificada pelo exemplo e pelo reto cumprimento dos deveres que devem viger entre pais e filhos, cônjuges ou parceiros, e todos aqueles que constituem o conjunto doméstico.
Temos certeza que, aqueles que lerem a presente Obra com interesse, desejosos de contribuir com algo nobre e elevado em favor da sociedade futura, rica de paz e de progresso legítimo, encontrarão as respostas aos inúmeros quesitos que permanecem desafiadores, aguardando solução.

Joanna de Ângelis

http://www.caminhosluz.com.br/

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Formas de Ver

Cada qual enxerga uma paisagem conforme os seus recursos ópticos.
O daltônico vê as cores dentro de um prisma especial.

O míope tem a visão deformada em torno da realidade.

O presbitismo produz uma observação incorreta.

Qualquer deficiência ou anomalia na aparelhagem ocular responde pela dificuldade visual.

Não obstante, se o homem desconhece as formas, e desde o início adquiriu a capacidade de observar dentro das deficiências, não logra imaginar a riqueza de detalhes, os contornos, a abundância das cores que maravilham a vida.

Uma partícula de dejeto sob a lente de um microscópio, faculta descobrir-se uma paisagem estelar.

Uma gota de orvalho na corola de uma flor, faz-se delicado diamante sem engaste, a tremeluzir.

Na área das observações morais, cada criatura tem a dimensão do fato de acordo com a óptica emocional e mental de que se utiliza.

Não é estranhável, portanto, que se defrontem pessoas que somente enxergam imperfeições, erros e mazelas...

Outras há que se capacitam a descobrir em qualquer fato, apenas o seu ponto negativo e infeliz...

Algumas se caracterizam pela dúvida sistemática a respeito do caráter do próximo...

São inúmeras as conotações feitas em torno das criaturas, como decorrência da projeção pessoal, emersão do eu interior que se torna a lente pela qual se fitam todos os acontecimentos.

Consulta a consciência em todas as circunstâncias da tua vida.

Não ajas sob os impactos da emoção, confundindo capricho com raciocínio correto.

Passa os teus planos e projetos pelo crivo da autocrítica e informa-te de como gostarias que o outro agisse em relação a ti, caso fosses o agressor, o infeliz perturbador...

Do mesmo modo, atua de consciência reta; no entanto, não te conturbes sob pontos de vista doentios, arrogantes, que te trarão dramas íntimos, agora ou mais tarde.

Sejam os teus atos um reflexo da tua paz, que deves cultivar com os esforços de todo dia e os investimentos de toda hora.

À frente de qualquer realização, conquista os que te buscam, pela bondade para com eles.

Não deixes marcas negativas nos caminhos transitados ou nas pessoas que encontres, porquanto voltarás a defrontá-los.

Luta contra as tuas más inclinações, para o teu próprio bem.

Cada dia é um investimento novo da vida, de que terás que dar contas.

Quem empreende uma tarefa deve escolher a meta e avançar por conquistá-la.

Não pára, não recua, não maldiz, não queixa.

Consciente do que deve e se propõe fazer, sem tergiversações prossegue.

A forma de ver o fato é decorrência da capacidade de cada indivíduo.

Coloca as lentes do amor sobre as tuas deficiências e observarás a vida, as pessoas e as coisas sob angulação feliz, num prisma rico de belezas, que te ensejará mais produzir, quanto mais te devotares ao compromisso.


JOANNA DE ÂNGELIS

(Do livro "VIVER E AMAR" )

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sábado, 21 de maio de 2011

Amizades e Afeições

“766. A vida social está em a Natureza?”
“Certamente. Deus fez o homem para viver em sociedade. Não lhe deu inutilmente a palavra e todas as outras faculdades necessárias à vida de relação.”
O Livro dos Espíritos

Não apenas a simpatia como ingrediente único para facultar que os afagos da amizade te adornem e enlevem o espírito.

Muito fácil ganhar como perder amigos. Quiçá difícil se apresente a tarefa de sustentar amizades, ao invés de somente consegui-las.

O magnetismo pessoal é fator importante para promover a aquisição de afetos. Todavia, se o comportamento pessoal não se padroniza e sustenta em diretrizes de enobrecimento e lealdade, as amizades e afeições não raro se convertem em pesada canga, desagradável parceira que culmina em clima de animosidade, gerando futuros adversários.

Nesse particular existem pequenos fatores que não podem nem devem ser relegados a plano secundário, a fim de que sejam mantidas as afeições.
A planta não irrigada sucumbe sob a canícula.

O grão não sepulto morre.

O lume sem combustível se apaga.

A máquina sem graxa arrebenta-se.

Assim, também, a amizade que sem o sustento da cortesia e da gentileza se estiola.

--- ¤ ---
Se desejas preservar teus amigos não creias consegui-lo mediante um curso de etiqueta ou de boas maneiras, com que muitas vezes a aparência estudada, artificial, substitui ou esconde os sentimentos reais. Os impositivos evangélicos que te apliques, ser-te-ão admiráveis técnicas de autenticidade, que funcionam como recurso valioso para a sustentação do bem em qualquer lugar, em toda a situação, com qualquer pessoa.

A afabilidade, a doçura, a gentileza de alguém, aparentemente destituído de simpatia conseguem propiciar a presença de amigos, retê-los e torná-los afetos puros para sempre.

Amizades se desagregam ou se desgastam exatamente após articuladas, no período em que os consórcios fraternos se descuidam de mantê-las.
E isso normalmente ocorre, como consequência de atitudes que se podem evitar:

o olhar agressivo;
a palavra ríspida;
o atendimento hostil ou negligente;
a lamentação constante;
a irreverência acompanhada pela frivolidade;
a irritação contínua;
a queixa contumaz;
o pessimismo vinagroso...
Os amigos são companheiros que também têm problemas. Por essa razão se acercam de ti.

Usa, no trato com eles, quanto possível, a bondade e a atenção, a fim de que, um dia, conforme Jesus enunciou: “Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz seu senhor; mas, tenho-vos chamado amigos, porque vos revelei tudo quanto ouvi de meu Pai”, tornando-te legítimo amigo de todos, consequentemente fruindo as bênçãos da amizade e da afeição puras.

Joanna de Ângelis

FRANCO, Divaldo P. "Leis Morais da Vida". Pelo Espírito Joanna de Ângelis. 10.ed. Salvador, BA: LEAL, 2000. Capítulo 33.

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segunda-feira, 16 de maio de 2011

Como estão seus pensamentos?

"Não dês os teus espaços mentais para os pensamentos vulgares.
Preenche todas as brechas com idéias de edificação, da ação do bem, da felicidade própria e alheia.
É na mente que se iniciam os planos de ação.
A mente ociosa cria imagens infelizes que se corporificam com alto poder de destruição, consumindo quem os elabora e atingindo as outras pessoas.
Luta com vontade para que a “hora” vazia não se preencha de lixo mental tornando-te infeliz ou vulgar."


FRANCO, Divaldo P. Vida Feliz.
Pelo Espírito Joanna de Ângelis. Salvador, BA: LEAL, 1999, cap. CV

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quinta-feira, 31 de março de 2011

Incursão na Consciência

Remontando-se à origem da vida nos mais
remotos passos, encontra-se a presença do
psiquismo originado em Deus, aglutinando
moléculas e estabelecendo a ordem que se
consubstanciou na realidade do ser pensante.
Etapa a etapa, através dos vários reinos,
essa consciência embrionária desdobrou os
germes da lucidez latente até ganhar o
discernimento vasto, plenificador.

À medida que a complexidade de valores se
torna unificada, por atavismo das experiências
anteriores, os conflitos e os distúrbios que
respondem na área psicológica pelos muitos
problemas que o afligem.

Faz-se então indispensável, ao adquirir-se o
conhecimento de Si, o aprofundamento da busca
da sua realidade, deslindando os complicados
mecanismos viciosos que impedem a marcha
ascensional e não o levam à realização total.

Os impulsos orgânicos propelem sempre para a
comodidade, a satisfação dos instintos, o
imediatismo do prazer, a prejuízo da meta
essencial: a libertação dos processos
determinantes dos renascimentos carnais, que
são as paixões primitivas.

A atração pelo mundo exterior conduz, por sua
vez, a inumeráveis distonias emocionais, que
atormentam e desvairam o indivíduo, afugentando-
o de si mesmo num rumo difícil de ser mantido.

Somente através de um grande empenho da vontade
é possível olhar para dentro e pesquisar as
possibilidades disponíveis para melhor
identificar o que fazer, quando e como realizá-
lo.

Trata-se, essa tarefa, de um desafio que exige
intenção lúcida até criar o hábito da
interiorização, partindo da reflexão para o
mergulho no oceano do Si, daí retirando as
pérolas preciosas da harmonia e da plenitude,
indispensáveis à vivência real de ser pensante.
A mente não adestrada nessa busca hesita e
retrai-se, impedindo-se o descobrimento dos
recursos inimagináveis, que esperam para ser
desvelados.

As tendências ao relaxamento e ao menor esforço,
inerentes ao processo da evolução pelo trânsito
nas fases anteriores, dificultam os
procedimentos iluminativos imprescindíveis.

Na excursão ao mundo objetivo o ser adquire
conhecimentos intelectuais e experiências vivas
das realizações humanas; no entanto, apenas no
esforço de interiorização conseguirá
identificar- se com os objetivos essenciais da
sua realidade, harmonizando- se.

Adquirir a consciência plena da finalidade da
existência na Terra constitui a meta máxima
da luta inteligente do ser.

O Evangelho refere que Jesus asseverou,
conforme as anotações de Mateus, no capítulo
seis, versículos vinte e dois e vinte e três:
a candeia do corpo são os olhos.

Se estes, pois, forem simples, todo o teu
corpo fiará luminoso; mas se forem maus, todo
o teu corpo ficará às escuras. Se, portanto,
a luz que há em ti são trevas, quão densas são
as trevas!

Nessa figura admirável, o Psicoterapeuta por
excelência estabeleceu a essencialidade da
vida nos olhos, encarregados da visão, a fim
de que, despretensiosos dos aparatos
transitórios do mundo, mergulhem na luz
interior, de modo que tudo se faça claridade.

O reino da luz é interno, sendo imperioso
penetrá-lo, para que as trevas da ignorância
não predominem, densas e perturbadoras.

Os olhos espirituais - a mente lúcida - são
a chama que desce ao abismo da individualidade
para iluminar os meandros sombrios das
experiências passadas, que deixaram marcas
psicológicas profundas, ora ressumando de
forma negativa no comportamento do ser.

Insatisfação, angústia, fixações perturbadoras
são o saldo das vivências perniciosas, cujas
ações deletérias não foram digeridas pela
consciência e permanecem pesando-lhe na
economia emocional.

Manifestam-se como irritabilidade, mal-estar
para consigo mesmo, desinteresse pela vida,
idéias autodestrutivas, em mecanismos de
doentia expressão, formando quadros
psicossomatológicos degenerativos.

Quaisquer terapias, para fazê-los cessar,
terão que alcançar-lhes as raízes, a fim de
extirpá-las, liberando os núcleos lesados do
psiquismo e restaurando- lhes a harmonia
vibratória ora afetada.

Trata-se de uma experiência urgente quão
desagradável nas primeiras etapas, porquanto,
a exemplo de outros exercícios físicos,
causam cansaço e desânimo, resultantes da
falta desse hábito salutar, até que, vencida
essa primeira fase, comecem a produzir leveza
e rapidez de raciocínio, lucidez espiritual
e inefável bem-estar.

Cada vez que é vencido um patamar e superados
os impedimentos castradores e de culpa,
mais amplas possibilidades se apresentam,
liberando o indivíduo dos conflitos habituais
e equipando-o de legítimas alegrias.

A vida se lhe torna ideal, e a morte não se
afigura desagradável, por vivenciá-la nos
estados de meditação, sentindo-se o mesmo no
corpo ou fora dele.

Interiorizar- se cada vez mais, sem perder o
contato com o mundo físico e social, deve ser
a proposta equilibrada de quem deseja realizar-
se no encontro com os valores legítimos da
existência.

Podemos considerar que esse tentame leva o
experimentador do mundo irreal - o físico -
para o real - o transpessoal - gerador e
causal de todas as coisas.


Joanna de Ângelis - Divaldo Franco
Autodescobrimento - Editora LEAL

Oportunidade da paciência


Escuda-te na paciência.

Ninguém improvisa equilíbrio ou logra
paz sem o investimento da perseverança,
na vivência dos ideais enobrecedores.

A paciência resulta do comportamento
ético que a criatura mantém em relação
aos ideais que esposa fascinada pela
significação deles.

O cristão, e em particular, o espírita,
deve escudar-se na paciência a fim de
atingir o êxito nos cometimentos a que
se propõe.

Paciência é bênção da vida a quem respeita
a vida.

Transbordam rios de problemas, ameaçando
a barca da tua conduta?

Tem paciência. Amanhã a situação se terá
modificado.

Chuvas torrenciais de aflições transformam
o teu pomar de alegrias em caos onde
abundam destroços?

Tem paciência. O dia novo trará sol amigo
e abençoado que refará a paisagem com o
auxílio da tua ação.

Enfermidade ultriz surpreende-te os passos
quando te candidatas ao apostolado do bem?

Tem paciência. O despertar para a verdade,
já é vivê-la, e o confiar nela, é dar
início à sua realização.

Inimigos gratuitos forcejam a porta das
tuas esperanças assacando calúnias e
arrojando-te impropérios?

Tem paciência. Recolhes hoje as tempestades
que semeaste, mas o futuro dar-te-á o fruto
da sementeira que agora produzes.

A noite sombreia-se de dificuldades levando-
te a conclusões pessimistas?

Tem paciência. Além da treva brilha a luz e,
longe das tuas percepções débeis, há
claridades desconhecidas a apontarem o rumo
da vida.

Companheiros desertam do ideal que os
sustenta?

Tem paciência. Eles estão comprometidos com
a vida e, não podendo segui-lo, agora, avança
tu.

Decepções assinalam as tuas atividades, no
exercício do bem?

Tem paciência. A edificação do reino de
Deus exige o trabalho puro e simples, mais
a abnegação e o sacrifício com devotamento
total.

Em todo lugar, em qualquer circunstância
preserva a paciência.

Com paciência observarás a semente intumescer-
se na intimidade da terra, o embrião surgir,
a plântula desdobrar-se, agigantar-se o
vegetal, coroar-se de flores, bendizer-se
com frutos e perpetuar-se em sementes novas.

Pacientemente, o Pai opera sem descanso e o
Mestre trabalha sem descoroçoamento. Não têm
pressa na modificação das estruturas dos Orbes,
da Terra, do homem. Esperam e esperam decisões
felizes e a dedicação integral de cada qual.

Com paciência vencer-te-ás a ti próprio,
superando limites, aprimorando aspirações,
corrigindo imperfeições e, candidato que és
à conquista da paz, chegarás além das sombras
físicas, à plenitude da vida liberado o
ditoso para a tua glória estelar.


Joanna de Ângelis - Divaldo Franco
Oferenda - Editora LEAL

Convite ao Trabalho

-

Na hora do desespero, exclamas: "é demais!"

Acoimado pelo sofrimento, descarregas:
"Não suporto mais."

Vitimado pela incompreensão, gritas:
"Ninguém me compreende."

Dominado pelo cansaço, proferes: "Irei
parar por aqui."

Sob o açodar do desânimo, afirmas:
"Faltam-me forças."

Malsinado pela ingratidão, desabafas:
"Nunca mais."

Ante as injunções da época, explicas:
"Não serei eu a sacrificar-me. "

Há outras expressões constantes, que
atestam os momentos infelizes, em que,
não raro, cristãos e espíritas lúcidos
saturados das relações habituais e dos
contínuos insucessos desta ou daquela
natureza, permitem revelar o estado de
ânimo, gerando desalinho interior e
fomentando o desequilíbrio nos demais
companheiros, que deles esperam a lição
da segurança e da harmonia, em qualquer
circunstância das atividades evolutivas
nas quais te encontras empenhado.

Mister retificar a conceituação, quando
clarificado pelo Evangelho de Jesus Cristo.
Consubstanciá -lo nos atos diários é tarefa
inadiável, que não se pode procrastinar.

O trabalho é sempre veículo de renovação,
processo dignificante, em cujo exercício o
homem se eleva, elevando a humanidade com ele.

Sejam quais forem as tuas possibilidades
sociais ou econômicas, trabalha!

Se necessitas armazenar moedas, com finalidade
previdenciária, trabalha sem desânimo.

Se projetas a aquisição honrosa da paz e do
pão, trabalha com proficiência.

Se és independente, trabalha pelo bem comum,
convertendo a hora da ociosidade em bênção
para os outros.

Trabalhando, estarás menos vulnerável à
agressão dos males ou à leviandade dos maus.
O trabalho é mensagem de vida, colocada na
direção da criatura para construir a
felicidade que todos perseguimos.

Recorda o apelo do Mestre: "Trabalhai não
pela comida que perece, mas pela comida que
permanece para a vida eterna, a qual o Filho
do Homem vos dará", e não desfaleças, porque
o trabalho contínuo e nobre falará pelos
teus pensamentos e palavras em atos que te
seguirão até além das fronteiras da vida
orgânica.



Joanna de Ângelis -Divaldo Franco
Convites da Vida Editora LEAL


quarta-feira, 9 de março de 2011

Vida Feliz


Refreia os impulsos, que procedem dos instintos desgovernados, e age sob o comando da razão.
É verdade que o sentimento bom deve derreter o gelo da lógica racional, no entanto, muitas vezes a frieza da emoção ou a sua loucura agressiva necessitam da vigilância do raciocínio.
Cérebro e coração devem atuar juntos, proporcionando as vantagens do equilíbrio e do comedimento, em favor de uma vida sadia.
Ouve com o sentimento e age com a razão, dosando bem a participação de cada um.

Joanna de Ângelis

Vida Transitória


Tendo em vista a transitoriedade do corpo e a inevitabilidade da morte, vive, de maneira que possas partir, da Terra, livre e feliz.

O fenômeno biológico pode interromper-se subitamente, não te permitindo tempo para qualquer preparação.

Conduze-te de forma que, seja qual for o momento em que sejas convidado ao retorno, possas seguir sem amarras ou aflições desconcertantes.

Organiza bem os teus labores e compromissos, a fim de que outros possam levá-los adiante com tranqüilidade.

Regulariza as tuas atividades, liberando-te de temores ou remorsos futuros desnecessários. Enriquece-te com os tesouros do amor, enquanto podes, a fim de que disponhas de recursos para a viagem inevitável.

Há pessoas, que vivem no corpo, totalmente esquecidas da sua fragilidade como da sua breve duração.

Programam compromissos a distância, no tempo, distraídas da compulsoriedade da morte.

Parecem crer que o passeio orgânico é conquista que não se interromperá, demorando-se no cultivo das fantasias e ilusões que um dia as abandonarão em doloroso estado de desencanto. Outras existem, assinaladas por sofrimentos cessar, deixando-se dominar pela revolta e pela amargura, esquecidas de que, em breve, estarão liberadas.

Nada na Terra, é definitivo, mesmo no campo físico das aglutinações moleculares, já que todos os fenômenos aí se dão mediante sucessivas transformações.

No que diz respeito aos valores morais espirituais, a experiência corporal tem, por finalidade precípua, desenvolvê-los e ampliá-los, para a glória de cada ser.

Age com serenidade, buscando sempre solucionar os problemas e desafios com saldo positivo de paz.

Evita as atitudes ostensivas e os comportamentos prepotentes, que ferem sem ajudar, deixando mágoas e aborrecimentos.

Usa o tempo com propriedade, bem dividindo as horas, sem que te esqueças dos deveres de relevo na órbita espiritual.

Se queres, sempre podes produzir no bem.

Não te poupes, portanto, na ação da solidariedade, do esclarecimento, do amor.

Vida sem bondade, é como parasita explorador e pernicioso. Usa os dons íntimos, que te jazem latentes, e amplia-os em favor do progresso de todos.

Tua vida é exemplo para outras vidas.

Torna-a uma claridade no caminho daqueles que te seguem.

Ninguém passa incólume, insensível à presença de outrem. Deixa, em quem se acerque de ti, sinais de paz e de ternura, de amizade e de gratidão.

O tempo transcorrerá, inevitavelmente, de qualquer maneira.

Usa-o na construção da tua e da felicidade alheia.

Se dispuseres de oportunidade para aguardar a morte, faze-te exemplo de ânimo para aqueles que a temem ou a detestam, também encorajando os fracos e tímidos.

Se, entretanto, ela te chegar de improviso, recebe-a tranqüilamente, e segue, porque após a tua partida, com os teus exemplos bons, deixarás pegadas luminosas, como significando que por ali passou um coração afável que soube viver para a verdade e o amor.


Joanna de Ângelis

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